Aposentos do Lennart

- Ah sim, nós temos muita química. Só você que não quer notar. Eu diria que você poderia ficar feliz, quanto a ficar satisfeita eu posso ajeitar isso depois - Ele arfou durante todo aquele processo, estava gostando daquilo mais do que deveria, os arranhões que outras pessoas tinham tentado lhe dar haviam sido horríveis, mas aquele... os sons que deixavam sua boca esclareciam que ele adorava aquilo. Seu rosto subiu e pairou sobre o de Nymeria, para em seguida ele começar a beijá-la - Eu não teria tanta certeza assim. Sou bem insistente.

Lennart riu, ele adorava provocar Nymeria e brincar com palavras. Afinal de contas aquilo era uma habilidade que ele refinara muito conforme os anos passaram e ele poderia ser dito como um verdadeiro mestre na arte do diálogo.

- Mordomo pessoal seu? É, posso viver com isso - Ele riu levemente, a ideia que ele tinha em sua mente do que ele iria fazer como mordomo era um tanto diferente do que Nymeria parecia estar sugerindo.

Se não estava mordendo, ele estava beijando. Todos os cantos que sua boca conseguia alcançar, não havia uma parte da pele de Nymeria que não havia sido beijada pelo assassino que estava começando a ficar realmente investido naquilo, os sons que Nymeria deixava sair servindo apenas para incentivá-lo a fazer aquilo cada vez mais. Lennart estava começando a perder o controle, e logo ele seria um sacrifício tentar impedir os avanços dele.

- Você não vai se arrepender. Vai acabar gostando, na verdade - O sorriso de Len estava repleto de volúpia e apenas aumentou quando sua camiseta foi retirada. Finalmente as coisas estavam começando a ir para algum lugar que não fossem beijos, não é? Com suas mãos agora livres, ele segurou o rosto de Nymeria, erguendo-o lentamente e beijando a boca da garota logo em seguida, fazendo com que sua língua dançasse dentro da boca dela.

No momento que a camiseta de Nym foi retirada a respiração de Lennart falhou por um segundo, antes de seus lábios se abrirem em mais um enorme sorriso, enquanto ele lambia seus lábios lentamente. Agora que seus corpos estavam colados, ela poderia notar o quanto Lennart estava gostando daquilo. As mãos dele, ainda livres foram até o sutiã dela e sem hesitação alguma da parte dele, aquela peça de roupa foi retirada rapidamente. Então Nymeria falou aquilo e suas mãos voltaram para o lugar de antes, sem que ela precisasse segurá-las - Nós vamos nos divertir muito - Conforme aquele beijo continuava, mais e mais o auto-controle de Lennart sumia. Toda aquela luxúria e aquele desejo adentravam o corpo do rapaz em excesso.

- Na verdade, já. Me falaram que faz parte do meu charme - Os arranhões de Nymeria eram extremamente provocativos e incentivadores, fazendo com que os beijos de Lennart se tornassem cada vez mais vorazes, não deixando muita brecha para que ela pudesse pensar em alguma outra coisa que não fosse um ato de luxúria com ele.

Quando o assunto era sexo, Lennart demonstrava ser uma enciclopédia completa de todos as mais variadas experiências, haviam poucas coisas das quais ele não havia participado ainda e fora apenas por falta de oportunidade, como dito anteriormente ele não se importava muito com isso, não dava o valor que a maioria das pessoas davam para o sexo. Para ele não passava daquilo, uma ação extremamente prazerosa que poderia assumir as mais diversas formas. Por mais que sentisse prazer na ação, ele não transava por prazer, apenas por informações ou para completar uma missão, até porque para uma pessoa completamente quebrada mentalmente como Lennart, era difícil sentir prazer em qualquer coisa.

Ainda assim, aquela situação estava aproximando-se da definição de prazer e por um momento ele achou que finalmente descobriria o porquê da sociedade dar tanto valor para uma ação tão comum quanto aquela. Fechou seus olhos obedientemente, afinal ele era um cão e sua mestra acabara de lhe dar uma ordem e ele deveria segui-la. No entanto, no momento que a primeira algema se fechara ao redor de seu pulso, os olhos do rapaz abriram-se instantaneamente e ele foi capaz de ver o que ela estava fazendo. Um tanto anestesiado pela surpresa, ele não foi capaz de impedir que ela algemasse sua outra mão, mas teve velocidade o suficiente para deixar que seus lábios envolvessem um dos seios de Nymeria e ali dar um breve chupão, antes de ficar devidamente preso.

- Cada palavra que você acabou de proferir me deixou violentamente irritado - Disse o rapaz, conforme ele observava ela deixar o quarto, suspirando logo em seguida. Olhou para sua mão direita e começou a mover a mesma, porém não foi capaz de quebrar uma parte da cabeceira como planejá-la. Xingou a si mesmo mentalmente, não deveria ter comprado móveis tão resistentes assim. Acabou por conseguir, no entanto, deslocar seu pulso e libertar sua mão direita, aproximando a mesma da esquerda para botar botá-la no lugar.

Em seguida, deslocou o seu pulso esquerdo, deixando as algemas pendendo contra a cabeceira de madeira. Massageou seus pulsos e levantou-se da cama, prontamente se vestindo. Era incrível como a raiva era capaz de matar uma ereção sem a menor piedade. Tirou um cigarro de sua carteira e com seu isqueiro acendeu o mesmo, encostando-se na janela.

- Não sei se fico irritado ou orgulhoso dela - Murmurou para si mesmo, enquanto tragava e ligava a música em seu celular, deixando que a mesma se repetisse por incontáveis horas. Se Nymeria voltasse em algum momento, a música ainda estaria tocando - Vai ter volta, minha doce mestra...

Nymeria Lindberg não esperava retornar por aquele corredor tão cedo. Ela não conseguira nada a respeito de Dante, apenas encontrara um garoto bom demais. O máximo que chamara a atenção da garota fora o tal de Sigmund, mencionado como pai adotivo do rapaz.

Ela dera uma pequena investigada sobre o homem, mas não encontrara nada. Alem disso, alguem que salva um rpaz desmemoriado sem esperar nada em troca era um pouco suspeito. Pensando nisso, Nymeria foi contra seus intintos e mais uma vez bateu na porta do segurança, questionando-se o quão zangado ele ainda estaria consigo depois da brincadeira de mais cedo.

Só de pensar nisso um estremecimento percorreu seu corpo. Ela cruzou os braços para disfarçar e gritou, caso Len não tivesse escutado, afinal uma música alta vinha lá de dentro.

- Lennart! Len, preciso falar com você, abra a porta!

Nymeria estava pronta para estapear a pessoa que havia levado-a para dentro do aposento, mas quando viu que era uma garota, pior, uma garota infiltrada, pior ainda, uma garota no mesmo quarto que um Lothur nu, ela não se conteve.

- Sou eu. - ela não fazia a menor questão de saber quem era aquela pessoa, Leah. Nymeria empurrou-a para tirá-la do caminho e narchou até a cama, subindo em cima de Lothur sem cerimônia alguma e acordando-o com um tapa violento na face. Nymeria esperou que ele despertasse e olhou por cima dos ombros com certo desdém para a ruiva. - Ve? Ele parece bem acordado para mim.

Sua mão delicada seguro-o pelo rosto, nem tão delicadamente assim.

- Eu [bold]o Comando[/bold]. Levante da cama, vistasse e me encontre lá fora, so-zi-nho.

Dito isso ela pôs-se de pé novamente, abriu a porta e lançou um ultimo olhar sobre Leah.

- Bem, não é como se ele não tivesse bom gosto, afinal. - ela passou pela porta e bateu-a atras de si, cruzando o corredor de volta e recostando-se na parede, a fúria revolvendo como ácido dentro dela. Por que estava tão zangada, nem ela saberia dizer.

Antes mesmo que Leah pudesse falar algo, antes mesmo que tentasse avisá-la que havia invadido aquele quarto e encontrado Lennart assim, a jovem herdeira dos Lindberg passou por ela como um raio e tudo que a outra fez foi erguer suas mãos e dar um passo ao lado, e riu deliciosamente ao ver Len ser estapeado. Ele estava sendo estapeado sem justa causa, afinal de contas não acontecera nada entre eles, não a pelo menos uns quatro anos, mas o prazer de ver Lennart apanhar sempre era algo bom.

- Nymeria? Que diabos você... - Antes que pudesse terminar, seus olhos saíram de foco, novamente lembrando aquele de um cadáver e assim que a mesma saiu de cima dele, o mesmo prontamente se levantou e começou a se vestir. Só então ele notou a presença da ruiva ali e seu rosto tornou-se uma enorme interrogação. Quando Nymeria passou por Leah e fez aquele comentário, momentos antes de passar pela porta, a mesma piscou seu olho direito para ela, com um leve sorriso em sua face - Leah? O que você está fazendo aqui?

- Olha, eu até teria explicado para ela que não havíamos feito nada mas acho que ela é ciumenta demais - Explicou Leah, com um sorriso em seu rosto tão similar ao de Lennart - Espera, isso são arranhões nas suas costas? Você conseguiu obter esse prêmio e eu não? Agora eu que estou com ciúmes - A ruiva gargalhou novamente. Era mais fácil o inferno congelar do que Leah sentir ciúmes - Sabe, até entendo porque gosta tanto dela. Ela me parece ser deliciosa.

Lennart rapidamente colocava suas calças e em seguida sentava-se em sua cama para calçar seus tênis, enquanto a ruiva encostava-se na parede e sorria para o assassino, um sorriso provocativo e zombador ao mesmo tempo, daqueles que apenas Leah era capaz de executar e que atiçava a todas as pessoas presentes. Menos a Lennart, ele havia desenvolvido uma certa resistência a aquela garota.

- Sabe, nada disso teria acontecido caso você tivesse perdido esse costume de dormir pelado - Falou Leah, escondendo seus lábios e dando uma pequena risada - Não que eu esteja reclamando, é claro.

- Vai se foder, é confortável dormir assim - Ele falou, levantando-se completamente vestido e abriu a porta, correndo rapidamente atrás de Nymeria - O que a senhora deseja, mestra?

Ao mesmo tempo que Len se vestia, Nymeria estava arranjando um pequeno problema. Bem, ela era uma garota bonita como poucas, parada no corredor do dormitório masculino. Fatalmente atrairia atenção indesejada.

- Hei, belezinha... que tal esquecer seu namorado e vir comigo?

O Homem que a abordara era alto. Alto o bastante para fazê-la parecer minúscula, o que de fato Nym era, mas ficava ainda mais evidente perto de brutamontes como aquele.

- Não estou interessada.
- Ora, vamos lá! - a mão pesada pousou no ombro dela.
- Eu disse que não estou interessada, lixo. Me largue e desapareça.

O homem moveu a mão para segurar a gola da blusa dela, irritado com as palavras e o olhar frio que ela lhe lançava.

- Quem você pensa que é, sua vadiazinha anã de jardim? Você vai vir por bem ou por mal.

Nymeria era uma pessoa prática. Ela levava uma espada sempre consigo, mas a que costumava carregar era sem fio. A sua espada original, afiada e conhecida por fatiar pessoas, feita exclusivamente para ela, era usada apenas em missões.

Em questão de segundos, a espada sem fio fora desembanhada e golpeara inclemente a cabeça do agressor, com uma fotça que não era esperada de uma menina daquela compleiçao fisica. Soltando-se das mãos dele, Nymeria moveu a espada novamente para atingi-lo no flanco, jogando-o para o outro lado do corredor e quase acertando Lennart no processo.

O homem apavorado ficou de pé meio cambaleante, gritando coisas sobre ela ser uma louca e outros termos pejorativos, antes de virar as costas e sumir dali o mais rápido possivel. Nym apoiou a espada sobre os ombros, inclinando um pouco sua cabeça e suspirando.

- Isso foi estranhamente relaxante.

Agora ela entendia a razão das pessoas usarem sacos de pancadas para aliviar o estresse. Funcionava que era uma beleza. Seus olhos dardejaram em direção a Len.

- Você demorou. Está pronto? Porque precisamos descobrir a identidade de um tal de Sigmund, isso está me incomodando. A propósito, aquela garota não é daqui. Quem é ela?

Verdade seja dita, no momento que Lennart viu aquela cena ele correu para cometer um dos assassinatos mais brutais já registrados pela humanidade, mas quase acabou por ser atingido no processo. Conforme aquele homem corria e xingava, a porta do quarto de Lennart abriu-se a cabeça ruiva de Leah foi colocada para fora, ela viu aquele enorme ser correr e depois voltou sua atenção para os dois e fez um pequeno sinal de ok com sua mão, aprovando da ação de Nymeria, antes de fechar a porta novamente.

- Sigmund, você diz? Que nome mais... antigo... nunca conheci alguém com esse nome - Havia um claro nervosismo na voz do assassino, mas talvez fosse pelo fato de Nymeria ter batido nele momentos antes e ele ainda estar tentando pensar no que fizera de errado - Aquela lá? Aquela é a Leah. Ela é... não, ela era uma membra dos Treze Fúrias. Acho que agora deve ser a líder deles, depois que eu saí.

Lennart coçou sua nuca, visivelmente desconfortável com toda aquela situação. Ele não negaria, já tivera um relacionamento bem... picante, com Leah, mas tudo aquilo acabara quando ele fora vendido para os Lindbergs. O assassino não tinha como saber o porquê de ela estar ali, exatamente, mas conseguia imaginar. Não podia ser uma coincidência. Nymeria subitamente indo atrás de alguém chamado Sigmund, a súbita aparição da Leah. Uma dor de cabeça estava a caminho.

Nymeria franziu o cenho com o gesto de Leah, que acabara de botar a cabeça para fora do quarto de Len. Aquela garota... a herdeira não sabia exatamente como agir com ela. Seus olhos piscaram e cravaram-se em Lennart novamente, notando seu nervosismo. Ela moveu a espada de seu ombro e com um sorriso intimidador bateu na cabeça dele com ela. Não com dorça o suficiente para machucar muito contudo.

- Não minta pra mim, cãozinho mal. - apoiando a mão livre na cintura e moveu sua atenção sobre a porta, agora fechada, do quarto dele. - Entendo. Parecem ser bastante intimos.

Nym disse aquilo casualmente, a espada voltando a descansar sobre seu ombro enquanto ela fazia um gesto para que a multidão de machos que começaram a ajuntar-se ali, dispersassem.

Leah era Leah, não havia uma descrição melhor que essa. Parecida com Lennart em vários sentidos, aquela mulher era quase tão perigosa quanto o próprio rapaz que estava na frente de Nymeria, e compartilhava de muitas das extensas habilidades dele. Verdade seja dita, o único motivo de Leah não ser a melhor assassina da Casa era justamente porque passava tempo demais brincando com as pessoas ao invés de focar em melhorar suas habilidades.

- Eu... não estou mentindo - Dentro da cabeça de Lennart uma guerra era travada, devido ao código que o Imortal colocara em sua mente, ele era incapaz de revelar que Sigmund era um dos vários nomes que seu criador usava, mas também não podia mentir para Nymeria caso fosse ordenado a falar - E nós fomos bem íntimos, por um tempo pelo menos. Até vocês me comprarem, depois disso todas as relações foram cortadas - Ele então parou e piscou seus olhos, parecendo lembrar-se de como agia normalmente. Aquele sorriso provocativo voltou aos seus lábios - Falando em relações cortadas, eu não me esqueci das algemas, mestra.

Ele inclinou-se levemente para frente, sabendo que poderia ser atingido a qualquer momento. Não era como se a fúria de Nymeria se abrandasse de uma hora para a outra, mas ele estava contando com o auto-controle de sua mestra. Os lábios dele pararam perigosamente próximos a orelha dela, deixando que sua respiração atingisse parte do pescoço da mesma.

- Desse jeito eu vou acabar me apaixonando.

Ela decidiu que poderia deixar Leah para depois. Agora estava focada em Lothur, a espada voltando a cutucá-lo na testa. Ela sabia que o rapaz estava escondendo-lhe algo, mas o que? O que poderia fazer com que ele...

O estalo veio em sua cabeça.
Um cliente antigo... não. Não acreditava que o Imortal aceitasse devoluções. E então ela golpeou a própria testa com uma das mãos.

- Ah... só pode ser brincadeira... - ela nem fez a pergunta em voz alta. Diante da explicação que Lennart dera sobre Leah, contudo, seu rosto mostrara ceticismo. - Relações cortadas. Sei. Entao o que ela faz no seu quarto enquanto você dorme nu?

Ele chegou perto novamente. Nym dissera a si mesma nas horas anteriores que não deixaria Lennart chegar nem um metro perto dela, as reações de seu corpo eram imprevisiveis demais. Ela quase se entregara a ele mais cedo... e gostara. A raiva ainda fervia nela, mas como o esperado, depois de descobtar a maior parte dela num troglodita aleatório, seu controle parecia estar de volta.

- Você gosta de ser algemado e deixado sozinho? Que peculiar. - ela sabia bem do que ele estava falando. Arrepios de prazer desceram pela sua espinha, mas ela afastou-se um passo.

Ele não podia entregar tudo tão fácil assim, não é mesmo? O Imortal não deixava nada para a chance resolver, mas até mesmo ele sabia que aquilo era uma medida defensiva muito falha, mas antes isso do que nada. Melhor ter seus assassinos tendo uma convulsão do que ele sendo facilmente exposto daquela maneira. É claro que era só juntar os pontos que ficava óbvio quem ele realmente era, porém um destino horrível aguardava aqueles que tentassem conectar aquelas evidências.

- O que... foi? - Ele perguntou, sabendo muito bem que ela poderia ter juntado os pontos e havia descoberto quem era aquele que ela buscava investigar - A sua pergunta é a mesma que a minha. Eu fui dormir, sim eu durmo pelado, e quando acordei ela estava ali. E você estava em cima de mim, mas dessa última parte eu não estou reclamando.

Separar Lennart de Nymeria era um feito quase impossível de ser realizado, além de usar a missão dele como desculpa para ficar quase colado a garota, ele realmente adorava provocá-la e testar até onde aquele controle dela ia. Verdade seja dita, ela resistindo ou se entregando, os dois resultados eram aceitáveis para Lennart. Porém ele obviamente preferia o último.

- Sim, é uma experiência ótima. Quem saiba eu deva fazer isso com você, assim fica mais fácil te proteger - Sorriu-lhe Lennart, sua mão parando na cintura da garota e puxando-a mais para perto de si, sua voz saindo suave enquanto sua boca mantinha-se próxima da orelha da garota - O que acha de continuarmos de onde paramos? Eu expulso a Leah e podemos nos divertir ainda mais.

Era uma trilha simples de se trilhar, se você possuísse o intelecto apurado de Nymeria, ou se simplesmente tivesse peças o bastante para ligá-las. O nervosismo de Len colavorara com a dedução dela. Mas Nym era inteligente suficiente para não fazer aquele tipo de pergunta em voz alta aonda outras pessoas poderiam ouvir.

- Você sabe muito bem o quê! - sua voz subiu algumas oitavas, o cinismo discarado deu-lhe a vontade de acertá-lo pra valer com a espada. - Sei. Então gostou do tapa? Quer ganhar mais um?

Era uma verdade que, por ele estar nu, aquela posição que usara para bater nele poderia ser... provocante, mas não é como se a herdeira estivesse fazendo aquilo com aquela intensão. Ela arcou com a aproximação dele, realmente não conseguia manter Lennart longe por muito tempo. Mais uma vez amaldiçoou seus hormônios adolescentes.

- Talvez você que precise de proteção contra mim. - ela espalmou a mão sobre o peito dele, tentando conseguir um pouco de espaço para que seus pensamentos voltassem a funcionar, sem muito sucesso. - Ora, viu apenas meus seios e já estã desse jeito? Você está tão desesperado assim?

Lennart suava frio naquele momento, ele não podia falar devido a sua programação mental porém ainda assim ele sabia exatamente aonde aquilo iria parar. Ela havia descoberto um dos vários nomes que o Imortal usava, e como se não bastasse, descobrira o que ele usava com mais frequência. As vezes Len achava que o Imortal deixava pistas como essa de propósito, como se desejasse que alguém descobrisse um de seus nomes.

- Eu não faço a menor ideia - Falou Lennart, olhando para os lados, claramente nervoso - Entre tapas e beijos, é ódio é desejo, é sonho é ternura ♪

Poderia até não ter sido a intenção de Nymeria provocá-lo daquela maneira, porém Lennart com certeza usaria aquilo contra ela em algum momento. Na verdade, ele usaria aquilo contra ela por um bom tempo em todas as oportunidades que tivesse. Lennart sabia bem a reação que o corpo de Nymeria possuía com a aproximação dele e fazia bom uso desses hormônios dela. Não era só dos hormônios que ele planejava fazer bom uso, mas o resto teria que esperar mais um pouco.

- Não, se eu me proteger você vai acabar escapando - Lennart puxou ela ainda mais para perto, deixando um beijo no pescoço ainda marcado dela. Verdade seja dita, aquelas marcas de mordidas não iriam deixar aquele local tão cedo - Você fala como se isso fosse algo ruim. Você gostou daquilo tanto quanto eu.

A expressão dela estava séria. Ela podia muito bem usar a frase de comando, mas receou que aquilo pudesse colocá-lo em um pane mental. Bom, ela não precisava de uma confição falada, afinal.

- Pense como quiser. - e com essa frase, ela encerrou o assunto. Havia ainda a possibilidade das Treze Fúrias estarem trabalhando com Shadow... ela não gostava nada daquele cenário. - Você está realmente querendo apanhar, não está?

Ela ainda era capaz de sentir na lembrança de seu corpo cada toque, beijo, cada mordida e chupão que Lennart lhe dera mais cedo. Principalmente o último. Seu corpo estava todo marcado pelos lábios dele, até mesmo o seio que ele havia abocanhado con o descuído dela.
Teria sido mesmo um descuído.

- É claro, não é do meu feitio ficar presa. - Nym inconscienntemente fechou os olhos quando seu pescoço foi beijado novamente. - Foi apenas uma travessura totalmente calculada. Cada... detalhe. Eu não vou ser apenas mais uma com quem você vai se deitar.

- Obrigado - Aquele agradecimento saiu sincero. Se a barra fosse forçada mais um pouco era bem capaz de Lennart ter uma convulsão ou algo pior ali mesmo. E a única pessoa que conseguia ajudá-lo nessa situação estava em seu quarto e com certeza levaria seu tempo para fazer algo, apenas para vê-lo sofrer um pouco - Essa música nos define e você sabe disso.

Lennart sabia como mexer com Nymeria de uma maneira provavelmente única, era muito difícil alguém causar os mesmos efeitos que ele causava nela, apenas por estar próximo da mesma. Porém, o mesmo valia para Lennart. Ele nunca iria admitir, ou talvez admitisse em algum momento não é como se ele se importasse, mas toda vez que estava próximo dela, ele sentia-se como se estivesse perdendo o controle. Por algum motivo, ele a desejava, e desejava muito.

- Podemos testar isso depois, com aquelas algemas que você usou em mim - Agora o corpo de Lennart estava colado no dela, enquanto ele depositava mais um beijo no pescoço da mesma, começando a fazer seu caminho para cima - Eu não disse que você seria apenas mais uma, esse nunca foi o plano. Se você ao menos me desse a chance, eu mostraria o quão enganada você está. Não é como se eu tivesse lhe provocando sem um motivo, apenas para transar com você e só.

- Tanto faz. - ela resmungou, um leve rubor colorindo as bochechas pálidas, prova do sinal de preocupaçao. - Você está viajando demais. Terra chamando Lennart, alguém na escuta?

Nymeria suspirou. Era tão facil perder-se quando ele estava por perto, chegava a ser frustrante. Havia uma certa vantagem daquela reação só ocorrer quando estava perto dele, contudo. Ficar excitada pelo toque de qualquer um seria humilhante demais. Não que ela não se sentisse um pouco frustrada com a quimica mais que evidente que os dois. Compartilhavam.

- Elas são suas, eu jamais iria deixar que as gastasse com meus pulsos finos. - A mão que pressionava o peito dele contornou-o parando em suas costas e subiu até a nuca. - Bom, então me diga, caro Lennart, que objetivo você tem em mente? Porque eu só vejo seus avanços como uma tentativa de transar comigo.

- Não adianta tentar discordar, você sabe que é verdade. Podemos dizer até que é a nossa música. Só precisamos chegar na parte de causar loucuras na cama - Sorriu Lennart, não demorou muito para ele voltar para aquele assunto.

Para Lennart, estar próximo de Nymeria era algo extremamente estimulante. E era justamente por isso que ocorriam aqueles avanços dele, o rapaz deseja descobrir exatamente o que nela o fazia desejá-la, porém por mais que pensasse ele não era capaz de definir exatamente o que era. Amor não era uma opção, o assassino não fora treinado para sentir tal emoção e, mesmo que pudesse sentir amor, porque justamente por ela, uma pessoa que não conhecia direito? Talvez fosse a aparência, mas isso nunca foi um fator importante para Lennart.

- Podemos voltar a usá-las então, desde que prometa que não vai me deixar para trás novamente - A nuca era o ponto fraco de Lennart, e isso era possível notar pelo suspiro do mesmo. Ele girou Nymeria e grudou a mesma contra a parede, sua boca deixando o pescoço da mesma e subindo para ficar de frente com o rosto dela - Ah, claro que sexo está envolvido, sexo é bom - As pupilas do rapaz estavam dilatadas e seus olhos estavam fixados no rosto de Nymeria. Ele a beijou, é claro que beijaria, aquela garota era provocante demais para ele - Eu não vou lhe dizer, não tão cedo. Quem sabe você não prefira descobrir?

- Na verdade, não. Eu penso em sexo com você, é claro, mas não é o tempo inteiro - Ele abriu um sorriso confiante para Nymeria, ele nem lembrava-se da garota com quem se envolvera pela manhã, os momentos que passara com Nymeria ainda estavam frescos em sua mente ao invés disso - Eu nem lembrava dela.

Lhe corroía por dentro não saber o que era que Nymeria tinha que fazia ele enlouquecer toda vez que estava perto dela, nenhuma outra pessoa havia lhe causado um efeito assim antes. Era como se ela fosse esse imã que o atraía toda vez que passava por ele, fazendo com que o rapaz perdesse o controle de seu corpo e começasse a agir baseado em seus instintos. Era por isso que sempre a beijava quando podia, que a agarrava e que tentava convencê-la a transar com ele. Essa força de atração que ela exercia sobre Lennart era algo que o forçava a deixar-se ir, e apenas aproveitar cada segundo que passava com ela.

- Você me parece tentada - Sorriu-lhe, antes de soltar um suspiro com a carícia em sua nuca. Era vulnerável demais, e ela parecia atiçá-lo ainda mais com aqueles movimentos. A respiração dele estava alterada, mais rápida que o normal, era possível notar que ele fazia tudo o que podia para manter-se no controle - E você sabe que estou disposto a ensiná-la - Aquele beijo ficava mais voraz a cada segundo, sua língua dançando dentro da boca dela, aquele gosto de cereja o estimulando a aumentar ainda mais a ferocidade que havia em seu beijo. Era óbvio que ele a desejava, por mais que o próprio não soubesse bem o motivo - Você tira a graça de tudo. Pois bem, eu lhe conto. Toda vez que eu vejo você, eu simplesmente preciso fazer algo, você me estimula a isso sem nem fazer nada, e eu quero descobrir o motivo para isso. E acho que causo o mesmo efeito em você. Em palavras mais toscas... - Ele parou para continuar o beijo, ele tinha dificuldade em manter sua boca separada dela - Você me dá tesão como ninguém e eu não sei o porquê disso.

- Se quiser, podemos fazer o tempo todo, por mim não há problema - Aquele sorriso mantinha-se nos lábios de Lennart, como se ele soubesse de tudo que envolvesse Nymeria, como se não houvessem segredos perante ele. Um sorriso extremamente confiante - Você é infinitamente mais importante que ela.

O corpo de Lennart desejava o de Nymeria. Da última vez chegara tão perto, porém a garota conseguira se controlar em cima da hora e deixara-o para trás, pensando em como ele perdera uma oportunidade perfeita. Aquela sensação era a coisa mais estranha do mundo, ele era incapaz de compreender o porquê de desejar Nymeria, como nunca desejara outra pessoa antes. Era como se ele estivesse sedento e aquela garota fosse a única capaz de saciá-lo. Já não era mais uma questão de querer, ou de provocá-la para ver até onde ia a resistência dela.

Ele precisava de Nymeria.

- Você diz as coisas mais doces - Ele riu levemente, no momento que ela trincara os dentes. Ele sabia muito bem que ela possuía uma enorme animosidade direcionada a ele, e sua personalidade era a maior culpada daquilo. Por mais que fosse tudo aquilo que Nymeria falara, havia um certo charme nele que combinava com sua atitude sedutora.

Aquele sussurro. Foi mais do que o suficiente para Lennart, se até então ele estivera se controlando para não perder o controle, agora ele simplesmente se soltara. Travara uma batalha contra seu corpo, porém desta vez ele deixara o mesmo reagir da maneira que achasse melhor. Nymeria foi erguida, Lennart a segurava pelas coxas firmes da garota e agora caminhava na direção de seu quarto, beijando a mesma no processo.

- Você sabe exatamente o que dizer para me deixar excitado.

Foi necessário enorme esforço da parte dele para não começar algo ali mesmo, porém sabia que Nymeria ainda tinha um pouco de pudor dentro de si, ao contrário dele. A porta foi aberta com um chute e fechada com o pé esquerdo de Lennart. Leah já não estava mais ali, ela havia deixado o local enquanto os dois se agarravam no corredor. Ele soltou a garota em sua cama, retirando sua camiseta rapidamente e logo colocando-se sobre a mesma. A mão dele desceu para a saia dela e a arrancou com um puxão só, junto com a roupa íntima da garota.

- Eu disse que ia te lamber, não é mesmo?