Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qua Set 27, 2017 8:18 pm
Era alta madrugada quando um indivíduo no mínimo peculiar pôs-se a andar pelos corredores solitários. Aquela deveria ter sido uma boa escolha de horário, afinal, se alguma estudante visse aquilo passando pela porta de seus quartos, de duas, uma: ou teríamos um alarde repentino e nada desejável ou conversas sobre "vamos ter alguma peça de teatro na escola em breve?" no dia seguinte. De fato, a figura não era nada sútil: o grande sobretudo vermelho-sangue que usava por cima de roupas sociais era definitivamente um extravagante ponto carmesim em qualquer ambiente. Seus sapatos provocavam estrépitos despreocupados e ritmados sobre o chão, um pequeno detalhe em cada ponta clamando por atenção à medida que reluzia contra a tênue iluminação do local. Ali, no couro brilhoso do par, uma caveira prateada era mais uma prédica aos olhos. O homem era alto, com uma pose ereta e de ombros largos que eram ressaltados pela capa. Seu rosto pálido resguardava um sorriso desdenhoso e seus olhos eram duas grandes e redondas lentes metálicas que lampejavam um forte tom alaranjado - usar óculos de sol em plena madrugada, como se não bastasse todo o resto de seu excêntrico visual. Aquele rapaz andou pelos corredores até chegar a uma determinada porta e deu calmos toques na madeira. Por algum motivo, ele esperava que a dona atendesse àquela hora da noite como quem tem um palpite sobre alguém "conhecido".
Sapatos:
Última edição por Beyond Darkness em Qua Set 27, 2017 10:54 pm, editado 1 vez(es)
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qua Set 27, 2017 9:45 pm
(Lá vem ela... lá vem ela... q Por que tu sempre visita a Nym de madrugada? q)
Nymeria Lindberg estava dormindo. Era de se imaginar que, sendo quem era, talvez tivesse uma vida mais noturna que diurna, mas desde que entrara no curso de química a jovem chegara a conclusão de que teria de rever seus horários. Mesmo que Lennart tivesse dito certa vez para que ela se preocupasse com os próprios estudos enquanto ele cuidava do resto (e dela), Nym era teimosa. De maneira que não fazia nem uma hora que havia deitado quando as batidas na porta a despertaram. Seus olhos estreitaram-se, enquanto esforçava-se para acordar de vez. O que aquele infeliz do seu segurança queria de madrugada? A garota pôs-se de pé e caminhou até a porta com sofreguidão, pronta para escancará-la e gritar com o outro. Mas assim que ela tocou a maçaneta, uma intuição fez com que recuasse e pegasse o cabo de sua espada.
Lennart sabia que ela precisava de descanso. Se ele quisesse vigiá-la mais de perto, não estaria batendo na porta... com toda a certeza ele teria ou invadido o quarto, ou mandando uma mensagem avisando que estaria a caminho. Nym ficou em silêncio encarando a porta, antes de erguer a voz para ser ouvida pela pessoa do outro lado.
- Quem está ai?
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qua Set 27, 2017 10:52 pm
[ Eu não podia perder essa chance, é a NYM MAFIOSA <3 É coisa do Beyond, não me pergunte porquê ]
Do outro lado da porta, apenas um riso breve e baixo foi ouvido. Para Nym, fosse quem fosse, soou como se estivesse divertindo-se com a hesitação da garota, quase como se pudesse vê-la através da madeira.
- Você tem uma espada e eu tenho armas. Qual de nós dois furaria o outro primeiro caso decidíssemos atacar por cima desta porta?- o tom era como quem conta uma versão mordaz da piada "o quê veio primeiro". Aquela voz era grave, rouca, definitivamente um homem, mas primeiramente irreconhecível para Nym... ou não?- Nymeria Lindberg, gêmea de Edrik Lindberg e filha do sangue russo... como vai a sua família?
Definitivamente não. Aquele sarcasmo embutido naquele som rouco e sempre calmo demais... se Nymeria fizesse um esforço, talvez ela conseguisse lembrar. Beyond Darkness, o cachorro da família mafiosa de mesma alcunha residente na Cidade dos Anjos. Em compensação ao nome do local de origem, eram conhecidos justamente por terem os métodos mais demoníacos, cruéis e o tipo de lucro de contrabandos que não se resumem apenas à armas ou drogas. Eram pessoas, crianças, órgãos e até mesmo, pelo que diziam os boatos... bonecas sexuais humanas. Eles já haviam se encontrado algumas vezes, em reuniões internacionais que exigiam a presença dos líderes ou representantes das famílias. Sempre como o segurança pessoal de Alessa Darkness, a nanica patricinha de dezoito anos mais conhecida como a grande patriarca da máfia de Los Angeles, Beyond era um dos únicos capatazes que tinham permissão da líder para debater sobre os assuntos em questão... e ele sempre acabava tratando de alfinetar e irritar justamente os Lindberg toda vez que tinha a chance de estar perto de algum deles. A julgar, ele não parecia estar acompanhado, o que seria por si só definitivamente suspeito. O que o assassino profissional de uma família rival estava fazendo às três da madrugada em sua porta, sozinho?
- Eu acho que precisamos conversar. - disse ele, por fim.
[ Você perguntou se eu tinha levado em consideração os Doll-Makers.... HEHE]
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qua Set 27, 2017 11:39 pm
(Se tem alguém mais foda que a Nym normal? A Nym mafiosa, CLARO -q Não gosto disso, é um péssimo horário pra acordar os abiguinhos q Huahsuahs Eu não sabia se tinha ou não, a ideia veio a cabeça e eu decidi perguntar. :p)
Ela ouviu aquele riso e rangeu os dentes. Como se não fosse muito abuso o homem do outro lado (o que era dedutível por conta do tom da risada) estar tirando seu sono, ele ainda estava divertindo-se as suas custas? A jovem esboçou um sorriso zombeteiro ao ouvir o que o outro respondeu primeiramente.
- Você pode testar a sorte e ver no que dá. - disse, em um tom morno, reconhecendo imediatamente quem era do outro lado. - Está viva, embora uns e outros poderiam simplesmente cair mortos da noite para o dia. E o que o cãozinho de Alessa Darkness faz por aqui?
Ela sabia que a princesinha insuportável era responsável por uma parte doentia de contrabando... a mesma razão que fizera Nymeria Lindberg ir até aquela cidadezinha. Mas pelos boatos e informações que chegaram a seus ouvidos, a pessoa por trás da maioria dos crimes naquele pedaço microscópico de mundo era Shadow... Shadow, aquela pessoa que ninguém tinha certeza sobre sua verdadeira identidade. O que aquele cão perdido estaria fazendo ali, então...? Os Darkness estariam ao lado de Shadow ou...?
- Oh, é claro que precisamos, ou não se daria ao trabalho de vir até mim de madrugada e sozinho... acontece que não confio em você. Que garantia tenho de que vai apenas falar com a boca e não com suas pistolas?
Independente do que viera fazer ali, Nym não era uma parva. Ela jamais acreditaria cem por cento em alguém da família rival, principalmente quando esse alguém era um psicopata. Mas a herdeira dos Lindbergs era destemida, isso tinha-se de admitir. Qualquer outro teria saído correndo e tentado escapar assim que reconheceu a voz por trás da porta.
Não podia negar que estava um pouco curiosa pela razão que trouxera Beyond ali. Se fosse algum assunto pertinente, teria de dar-lhe sincera atenção.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qui Set 28, 2017 1:29 am
[ É a Nym FUCKING Mafiosa, cara! ME DÁ UM AUTÓGRAFO! AUSHDUAHDSA Na E.O ele é bonzinho demais pra querer perturbar os amiguinhos, então as personalidades fazem isso por ele de madrugada -q E aqui... é porque ele tava sendo discreto e... Mentira, é porque ele quer ser chato memo A sua ideia me deu ideias! UAHSUAHS quando eu vi o Lothur e a Nym adaptados pra cá eu não resisti <3333]
Beyond tinha um histórico com aquele sorriso em seu rosto. Mesmo enquanto fitava a porta ainda sem previsão de ser aberta à sua frente, era como se assistisse a um show. Na esmagadora maioria das vezes - para não dizer todas elas - aquela linha desdenhosa cortava seu rosto sempre da mesma forma, como se nada no mundo fosse suficiente para fazer tremer seus músculos faciais... mas uma coisa era certeira para fazê-los se alargarem ainda mais: Nymeria Lindberg. Em todas as vezes que conversara(ou seria melhor dizer, todas as vezes que trocara algumas farpas) com ela, ele sempre parecia sorrir muito mais do quê o comum - trejeito que não era lá muito confortável ou simpático de se ver partindo do prelúdio de que ele era um insano psicopata que tinha um prazer mórbido em executar seus trabalhos mafiosos principalmente se estes envolviam assassinatos - e principalmente assassinatos para deixar recado - e isso era uma coisa que ele conseguia passar muito bem, afinal, o modo como suas vítimas eram achadas depois de um encontro com a Morte Carmesim sempre acabavam virando notícias mesmo entre os mais cruéis homicidas de modo que aquilo já havia se tornado um histórico recheado responsável por construir sua reputação como tal. Não era de se esperar menos dos Darkness, contudo... as coisas com aquela família sempre pareciam pessoais demais para uma organização criminosa que deveria ser focada no lucro e negócios. Talvez fosse o comando absurdamente azucrinante de Alessa, tão jovem e tão sádica. Difícil dizer. De toda forma, não foi diferente daquela vez. Com a resposta pronta e corajosa da garota, Beyond não pôde evitar outro riso que imitou o anterior, como se mentalmente ele concordasse com comentário da garota sobre alguém cair morto... em parte.
- Não teria graça se fosse assim tão fácil, não acha? Ou talvez seja pedir demais que as coisas na sua família sejam de alguma forma fáceis.- aquilo passou longe de alguém que toma as dores de outrem, mas teve sucesso em repercutir como alguém que sabe bem do que está falando. Aquele homem era quase um stalker dos Lindberg e o pior de tudo é que ele não deveria ter razões para isso.- Oh, você sabe, vez ou outra os sarnentos saem longe dos donos para passear...- aquilo ficou no ar de tal forma que o vocativo "Lennart" quase foi assobiado pelo vento. É claro que este dizer era para provocar um sentimento distorcido de empatia à Nym, afinal seu "guarda-costas" não parecia estar por perto no momento também. Beyond o conhecia, é claro. Na maior parte só de vista.
- Eu sei que deveria ter ligado antes, mas você mudou o número recentemente.- ele disse aquilo num tom bem humorado. Era óbvio que ele não ligaria.- - Garantia? Isso é algo que só existe assinado em documentos. Você tem uma intuição forte e já respondeu a si mesma a partir do momento que não achou válido me atacar de primeira.
Um barulho estranho se fez, no entanto. Como se aquele rapaz estivesse remexendo nos bolsos de pano.
- Mas você sabe bem, Nymeria... se eu quero alguém morto, eu não bato na porta.
Logo, ele se inclinou brevemente... e o que parecia ser um pirulito embalado sabor cereja rolou pelo chão por debaixo da porta até bater nos pés da menina de cabelos descorados. Melhor do que uma bandeira branca, diga-se de passagem.
- Alessa não sabe que estou aqui...
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qui Set 28, 2017 11:14 pm
(Okay, okay, calma ai: Nymeria Lindberg - Eu sou maravilhosamente maligna. Pronto, gostou? q Sempre me esqueço de como o B ficou bonzinho demais na E.O,agora to com medo dele por aqui. q A gangue tá formada, só faltava a Lyanna <3)
Ela não precisava ter visão de raio x para olhar através da madeira e saber que Beyond Darkness estava sorrindo. Aquele sorriso doentio que dava-lhe vontade de esmurrá-lo de vez em quando. Nym não sabia se aquele homem doente se inspirava no Coringa ou se ele já nascera com aquela predileção em sorrir macabramente, de qualquer forma aquela expressão NÃO era algo que deixasse-a a vontade. Muito embora já estivesse para lá de acostumada a vê-la. Afinal, ela poderia não ser uma boa filha, mas seria uma boa sucessora. Suas habilidades, inteligência e arrogância ditavam isso. Era impossível prever como a mafia se comportaria quando seu chefe falecesse e Nym (ou mesmo Edrik, ou o combo de ambos) entrasse em seu lugar. Em alguns aspectos ela poderia até ser mais humana que o pai, em compensação havia outros... em que aquela pequena garota tornar-se-ia facilmente um belo demônio.
- Quando se trata de complicações, ambos sabemos muito bem como elas gostam de aparecer. - Nymeria sabia que Beyond rondava sua família. Imaginava que fosse por alguma ordem da chefe mimada e maluca que ele possuía, mas talvez estivesse enganada. E não saberia dizer se esse engano era bom ou ruim. - É preciso soltar a coleira de vez em quando, tenho de admitir. Oh. Ele sabe sobre Lennart, e que não está aqui no momento... como esperado.
Não que ela quisesse ou achasse que era necessário chamar o seu segurança particular para intrometer-se naquele assunto, mas... era sempre bom ter um plano B caso um louco psicopata quisesse matá-la e ela estivesse indefesa. A questão era que Nymeria Lindberg nunca estava completamente indefesa.
Ela estalou a língua ao ouvir as palavras dele. Palavras bem escolhidas. Se alguém visse os debates entre o cachorro dos Darkness e a Princesa dos Lindbergs, acharia que os dois estavam atuando em uma peça de teatro, porque um sempre sabia responder o outro a altura, como se aquilo não passasse de um jogo. Mas, em vez de prolongar aquela partida, Nym deu vazão a sua curiosidade. Ela ergueu uma sobrancelha para o objeto passado por baixo de sua porta e agachou-se para capturá-lo. Então colocou-se de pé e destrancou-a, abrindo-a e encarando Beyond atentamente, ao mesmo tempo que seus dedos ágeis desembrulhavam o pirulito e ela colocava-o na boca.
- Muito bem... entre e diga o que veio fazer aqui. E sem enrolação, de preferência.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Sex Set 29, 2017 3:20 pm
[WEBDIVA FAZ ASSIM, vou printar isso e colar na minha testa O da E.O é o Beyond Nutella, aqui é o B raiz -q Quer apostar quando que se a Lyanna aparecesse aqui ele ficaria mansinho na mesma hora? SAUHDUHDSAHDUAS sdds Ly <33]
Saber como Beyond Darkness nascera ou de onde partiram inicialmente seus deturpados princípios era uma informação que os mais diferentes mafiosos costumavam pagar caro para saber, afinal, era importante conhecer seus inimigos... e também uma tentativa frustrada de descobrir alguma coisa para chantageá-lo quando não se conseguia meter uma bala no meio de sua testa. Dinheiro em vão. Em todos os anos que o cachorro dos Darkness servia à família, os relatórios sobre qualquer parte do passado daquele homem eram contados apenas dele mesmo para pessoas que já estavam mortas, inclusive por suas mãos. Elas não passavam mais do quê poucas horas com aquelas informações. Oficialmente, aquele homem sequer existia. Não havia documentos, identidade, certidões de nascimento, sequer sua digital estava registrada em algum banco de dados em algum qualquer lugar do mundo. E é claro que ele também não facilitava, afinal, aquelas luvas brancas com os símbolos da família Darkness em suas mãos não eram apenas parte de seu extravagante estilo. Uma jazia a serpente engolindo a própria cauda, o chamado Ouroboros. Na outra mão, o que parecia ser um olho com retas grossas e aspecto quase maçônico. Os Darkness o chamavam de O Olho de Hermes.
Símbolos nas luvas:
A família Darkness era rondada de ocultismo e mistério, tal qual seu mais famoso cão. No entanto, este último em particular ainda sim tinha suas regalias e aspectos próprios. Poderia jurar que já havia contado algo de seu passado para os Lindberg, numa das ocasiões em que ele usava para importuná-los com bate-papos cínicos. Na verdade, lembrava-se de ter dito algo como "Desde pequeno eu gosto de romances policiais" ou ainda um "Quando eu era mais jovem, era quase como você", este último dito para Nymeria especificamente. Dizeres vagos, definitivamente, mas ainda assim muito mais do quê qualquer um alcançava pagando por eles. E falando-se nos Lindberg, Beyond tinha também uma certa ansiedade oculta que os gêmeos ascendessem rapidamente ao poder. Quando uma família mafiosa troca de líder, costuma ser sempre complicado, mas os motivos que o faziam ansiar por aquilo ainda eram uma incógnita, embora um forte palpite para isso pudesse ser somente pela diversão que ambos os mais novos lhe proporcionavam. Nym e Edrik eram tão jovens quanto Alessa e ele sentia que aquele espírito demoníaco secretamente escondido nos adolescentes eram sempre uma arma letal de dois gumes. Interessante, no mínimo. Ele não tinha dúvidas de que seriam ótimos líderes. Quanto a si mesmo, ele não parecia se interessar em carregar um negócio tão imenso nas costas. Não sabia se poderia dizer o mesmo de Nymeria, se aquela garota era ansiosa pelo trono ou tão "tanto faz" como ele... de qualquer forma, esperava pra ver.
- Oh, sim... mas imagino que seja muito mais caótico quando se enxerga o mundo por essa heterocromia.- ele definitivamente sempre soara curioso sobre tal aspecto dos Lindberg. Que genética mais interessante eles possuíam, passada de geração em geração. Bom... a genética marcante família Darkness era formada apenas por dois: Beyond e sua irmã, a também assassina profissional mas que preferia trabalhos de quebra-galho, Dita. Ambos tinham os cabelos muito negros e os olhos vermelhos como sangue. Alessa Darkness também possuía os mesmos aspectos, porém, haviam fortes rumores de que aquilo não passavam de tintas de cabelo e lentes de contato.- Existem alguns animais que dependem dela para não enfiarem o próprio focinho na merda. Não deixe o seu passear por muito tempo.- estava demorando, mas já era hora de seus comentários ácidos surgirem, não é mesmo?
Talvez o fato de passar mais tempo do que devia xeretando sobre a vida dos de cabelos descorados, Beyond tenha aprendido a lidar especialmente com eles. Embora seu humor não mudasse drasticamente de pessoa para pessoa, fosse definitivamente algo consistente, afinal, não se poderia dizer que ele usava-se de máscaras ou falsas personalidades uma vez que aquela com o sorriso no rosto era a única que o mundo conhecia. Desse modo, havia algo em sua expressão quando Nymeria abriu a porta que a faria facilmente perceber que ele poderia passar o dia inteiro dando e recebendo frases de efeito com a garota. Era um jogo definitivamente divertido, uma vez que Nymeria conseguia ser, muitas vezes, imprevisível. Seu sorriso seguiu o procedimento padrão e alargou-se ao finalmente fitar a menina bem mais baixa e jovem do que ele.
- Te peguei. Tem veneno nisso aí.- um silêncio de segundo que mais pareceu uma eternidade se fez a seguir, como se Beyond esperasse o clímax do grande teatro entre eles. No entanto, ele apenas adentrou o quarto calmamente a seguir.- Nah, essa não seria uma morte digna pra você. - o cachorro dos Darkness tinha aquele costume importuno de se focar nas hesitações de outrem. Se antes Nymeria suspeitava que ele pudesse atacá-la, ele estava apenas insistindo divertidamente nisso, como alguém que finge várias vezes que vai lançar a bolinha só para provocar o cachorro. Beyond era um animal travesso, sem dúvidas; ir ali sem que sua chefe soubesse era no mínimo algo que indicava punição de morte para os Darkness. Mas não para com ele, é claro. Era um capataz que tinha seus privilégios dentro da família.- Você prefere sem enrolação? Mas eu adoro um papo-furado...
Aquilo não soou diferente em seu tom de voz, nem deu sinal de uma decepção. Não era suficiente para chegar a ser uma, na verdade. Já esperava por isso se vindo de Nym. Beyond andou pelo quarto um pouco, cutucando aqui e ali coisas na estante da garota, provavelmente encontrando alguns de seus livros de química.
- Pois bem, Princesa Lindberg. Você já deve saber que Windfall não é território nem seu, nem nosso. No entanto, como também já sei que sabe, existem coisas estranhas acontecendo aqui que estão no mínimo nos aborrecendo... essas coisas são o principal motivo pelo qual você está aqui, estou certo?
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Dom Out 01, 2017 2:53 pm
(KKKKKKKKKKK VAi ficar uma gracinha. q Aquele momento que tu para pra pensar e percebe que o B Nutella é assustador da mesma forma. q Vish, então ele está prestes a ser amaciado. Aguarde. q)
Ninguém sabia sobre Beyond Darkness e seus antepassados. Aquele homem era um enigma como Nymeria, a diferença era que essa característica ditava as reações da garota, enquanto ele próprio poderia ser considerado um mistério. Nym gostava de resolver mistérios, mas nem ela era idiota de enviar subordinados para lidar com Beyond, por mais que muitos deles fossem qualificados, o braço direito de Alessa era uma existência caótica demais para se ignorar... ou para subestimar. Ela aprendeu a contentar-se com as implicâncias dele, nas quais hora ou outra deixava um fato escapar - propositalmente, ficava óbvio. Nymeria definitivamente não soube o que Beyond quis dizer certa vez, quando dirigiu-lhe as palavras "Quando eu era mais jovem, era quase como você". Secretamente, em sua mente, havia revirado aqueles dizeres de cima a baixo, como uma cena de crime... mas não encontrara muita coisa. Deveria ser alguma referência a sua arrogância ou intelecto afiado, afinal eram dois pontos que transpareciam em sua personalidade imprevisível.
Nym desejava o trono... mais do que isso, ela tiraria o pai de lá a força e de um jeito pouco ortodoxo. Nem Edrik sabia dizer por qual razão a garota possuía aquela raiva do seu progenitor. Claro que havia o ponto dela deixar a máfia do jeito que queria... o jeito ideal, pelo menos para ela... mas havia algo mais. Algo que ninguém descobrira até hoje. Assim como não sabiam o que segurava a espada dela, embora fosse um pouco lógico.
- Dois olhos diferentes, duas formas distintas de ver o mundo, é o que dizem. - Nymeria orgulhava-se de seus olhos desiguais, embora não houvesse uma razão real para aquilo. Eles não tinham nada de importante além das cores peculiares. Nenhum dos dois era mágico, e aquela íris vermelha definitivamente era tão normal quanto qualquer outra, ignorando-se seu tom vivo. Mas aqueles olhos pertenciam a Nymeria Lindberg. Eles eram reais, não o produto de algum jogo de intimidação... como gostava de deixar claro a uma tal de Alessa Darkness quando esta se inclinava a irritá-la demais. - Meu animal é devidamente treinado. Será que posso dizer o mesmo de você?
Nym não se alterou minimamente ao ver o sorriso largo dele, estilo Coringa, era algo que já esperava. Diferentemente do esperado para alguém que estivera um pouco hesitante em atendê-lo, o comentário sobre veneno pareceu passar despercebido. Ela apenas arqueou as sobrancelhas e passou o canudo de um lado para o outro em sua boca, respondendo com um tom neutro.
- Mesmo...? Eu não sinto gosto de nada. Além do mais seria absolutamente vergonhoso que o cão de guarda dos Darkness matasse alguém com veneno. Totalmente entediante. - ela deu um passo para deixá-lo entrar no aposento e revirou os olhos em seguida, apontando metodicamente para um relógio analógico onde marcava o horário absurdo que Beyond escolhera para visitá-la. - Prefiro não jogar conversa fora depois de ser acordada de madrugada por um maníaco, obrigada.
Ela displicentemente ignorou o enxerido que vasculhava seus livros e acomodou-se em sua cadeira que atrás da escrivaninha, acendendo a lâmpada sobre a mesma e lançando certa luz no aposento.
- Imaginei que alguém ficaria irritadinha com outro mercado de Bonecas Humanas crescendo... ainda mais com o novo método que aparentemente foi desenvolvido aqui. Um método dos Doll-Makers para criar uma Boneca de acordo com a preferência do cliente, independente da idade. - ela apoiou os cotovelos sobre o tampo e cruzou os dedos das mãos, apoiando seu rosto sobre elas. - Eu estou curiosa... como alguém pode levantar um império do crime em tão pouco tempo e desenvolver esse tipo de coisa? Parece óbvio o que virá a seguir, não acha?
Ali estava uma das principais razões para que Nymeria tivesse tomado aquela decisão. Além de seus estudos e da própria curiosidade, o tal de Shadow logo teria capacidade o bastante para fazer frente a máfias grandes como as deles. E esse tipo de coisa não podia ser deixada de lado.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Seg Out 02, 2017 1:40 am
[Isso é verdade -qq digo o mesmo da Nym, mafiosa ou não, dá uns arrepios UAHSUAHSA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA SÉRIO, A LY VAI VIR?????? <3333333 Vou esperar pra ver ]
Mesmo com seus quase quarenta anos, o mundo não conhecia Beyond Darkness antes da família Darkness propriamente dita surgir, apenas oito anos atrás. É uma organização mafiosa certamente jovem, muito mais que os Lindberg, porém a construção de seu império foi algo literalmente da noite para o dia. Logo, eles estavam em todos os lugares, dominando todos os territórios, capaz de destruir todos os que tentavam impedir seu crescimento e subindo disparadamente em termos de influência criminosa até o ponto que chegaram no mesmo nível que a máfia russa. O primeiro rosto de liderança, desde o estopim triunfante dos Darkness, sempre havia sido Alessa, mesmo que no início ela supostamente deveria ter apenas dez anos de idade. No entanto, desde os seus treze já tratava de azucrinar os Lindberg - mais precisamente o pai de Nym e Edrik - na primeira vez que atingiu economias idênticas as deles.
Conversar com Beyond era um convite para ficar à mercê do imprevisível. Por sempre parecer que sabia mais do que falava, era comum que as pessoas que com ele dialogavam(que não eram muitas, na verdade, apesar de seu caráter meio tagarela) ficassem um tanto perdidas entre uma frase e outra proferidas por ele. No entanto, isso custava a acontecer com Nymeria, se é que alguma vez havia ocorrido. Algo dizia que esta era uma das razões pela qual ele tinha uma implicância particular com a garota, sempre querendo testar até onde ela chegaria. E, sendo bem sincero, ela nunca o desapontava. Não que fosse algo bom para a menina, no entanto... isso só aumentava o apetite do Darkness para que continuasse com os joguinhos dos quais Nymeria, na maioria das vezes tão imediata, menos estava disposta a jogar. ... ou talvez não? De fato, de uma forma muito passiva-agressiva, ambos parecia desfrutar dos diálogos que tinham... na maioria das vezes, é claro. Embora não houvesse registrado uma única vez sequer onde Beyond parecera não estar gostando de ouvi-la rebater tão prontamente seus dizeres. Ele sabia o quanto ela era esperta. Esperta o suficiente para governar a máfia mentalmente antes que pudesse assumir a liderança, como num auto-treinamento, ou seria uma auto-satisfação? No entanto, conhecendo bem aquela garota como a Morte Carmesim gostava de dizer que conhecia, duvidava muito que apenas o imenso poder e pilha de obrigações fossem a atração principal do grande trono. Esta era a grande questão... não importava o quanto aprendesse sobre a dama dos olhos desiguais, sempre havia mais uma página a ser decifrada, num ciclo infinito de respostas antigas para cada vez mais novas perguntas. Com a grande diferença de idades entre os dois, Beyond poderia chamar essa inconstância da pequena Lindberg facilmente de puberdade, mas isso seria rebaixar drasticamente todo o oceano conturbado e sagaz que jazia naquela jovem e assumir que aquilo iria se perder com o tempo.E ele não era nem um pouco idiota para pensar isso.
- Eu não sei se gosto mais do vermelho ou do azul.- ele disse, ainda com aquele sorriso no rosto.- Imagine então escolher entre formas de ver o mundo...
Pareceu ponderar sobre, mas logo focou-se na menina novamente.
- É claro que não.- negara sem qualquer vergonha a comparação dela sobre ser "bem treinado". De fato, Beyond não era lá o cão mais obediente do mundo, ou não estaria ali.- Mas a preocupação que fique sem coleira só equivale aos pets. Eu não sou um pet. Eu sou um bicho da selva.
Realmente era uma ótima analogia. Apesar de ser chamado de cão, era mais como um tigre numa coleira. No entanto, ele observou atentamente o descaso dela a respeito do veneno. Aquilo provocou-lhe mais um divertido riso abafado.
- Como uma estudante de química esforçada, Lindberg, aqui vai uma: recentemente, um dos nossos químicos no Novo México me mostrou um veneno que vem da ricina. Não tem gosto, cheiro e o efeito é gradativo. A princípio, parece apenas uma gripe... trinta e seis horas depois você está morto. Na autópsia, nada aparece, sendo extremamente difícil classificar isso como um caso de envenenamento. O que você acha?- seus bate-papos... eles eram mesmo incontroláveis. Mais uma vez, Beyond fizera questão de impôr novamente todo aquele suspense no ar, como se para teimar em quebrar a confiança de Nymeria de que ele não a envenenaria. Era irônico se dado ao trabalho de que ele havia feito para ganhar a aprovação dela e finalmente entrar. Aquele homem realmente não tinha escrúpulos, mas era por isso que mesmo que era muito provável que não passasse disso: uma típica pirraça. Tanto é que ele disse a seguir:- Nah, mas você está coberta de razão, Princesa. Além do mais matar envenenada você. Isso destruiria minha reputação... e a sua também. Não quero isso.- disse sinceramente ao mesmo tempo que, por debaixo dos grandes óculos alaranjados, os olhos de Beyond seguiram a direção apontada por ela. Viu o relógio marcando a hora absurda, e sua resposta foi um dar de ombros seguido de um espalmamento das mãos como quem diz "opa". Ele deu um suspiro, elevando uma das mãos para retirar seu grande e vermelho chapéu sombreiro, deixando que seus cabelos negros, que iam até um tanto abaixo dos ombros, ficassem livres. Deu a volta no quarto e pôs o acessório displicentemente sobre a escrivaninha agora iluminada à frente de Nym.
- Sim, ela está espumando de raiva. Queria que eu vasculhasse e destruísse qualquer um que achasse estar envolvido nisso, pusesse medo o suficiente em quem está por trás para que de duas, uma: ou ele parasse, ou viesse atrás de vingança. Querendo ou não, as Bonecas são a fonte do nosso maior lucro. No entanto, eu não acho que este seja um bom plano...
Esticou brevemente a mão enluvada na direção da menina quando esta apoiou o rosto nas mãos e pinçou alguns fios de sua franja descorada, como se ajeitasse um quadro torto na parede. Aquelas aproximações repentinas não eram novidade, afinal.
- Este novo método realmente me fascina... é complicado ser exigente na idade das Dolls.- e Beyond deveria saber bem. Eram apenas boatos, mais uma vez, mas já era tido como verdade que o cachorro dos Darkness era quem cuidava, sozinho, de todo o negócio relacionado às Bonecas Humanas. Diziam que seus dedos não eram bons apenas nos gatilhos e sim com bisturis também. O jeito como ele falava já desvendava o mistério dos boatos:- Elas são muito frágeis, muitas vezes inconsistentes. Onde eu quero chegar, Nymeria, é que sim, é óbvio: eles vão nos passar. E, se fazem isso, não é problema só nosso, mas dos Lindberg e de todas as outras famílias também. Afinal, ninguém sabe das intenções deste... como é mesmo o nome? Shadow?
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Ter Out 03, 2017 10:03 pm
(Aquela pessoa que a gente ama mas dá um medinho q Diz ela que vem, vamos ver né q)
Nymeria inferia muitas coisas com relação aos diálogos que trocava com Beyond. Ela era realmente afiada... tanto quanto ele era. Se ninguém impedisse aqueles dois, a troca de alfinetadas, frases filosóficas e mensagens ácidas poderia levar dias e dias, apenas sendo impedida para que ambos pudessem suprir suas necessidades mais básicas. Muito embora Beyond parecesse mais com um ser sobrenatural do que com uma pessoa, e se fosse olhar por esse ângulo, ele não precisaria desse pequeno descanso.
Mas se trocassem olhares profundos, daqueles que vão até a alma, ficaria claro que nenhum deles sabia o bastante sobre o outro. Apenas o que era visível... as entrelinhas de Beyond Darkness e Nymeria Lindberg eram difíceis de ler. Talvez fosse por isso que aqueles joguinhos eram tão interessantes, afinal abriam uma janela, uma oportunidade para ver o que havia mais sobre a pele, a carne e os ossos. E mesmo assim só era possível encontrar vislumbres... de luz, de escuridão ou de ambos.
- Vai depender do quão exótico é seu gosto. - Nym estreitou seus olhos desiguais, dando uma risada em seguida. - Animais selvagens não se dão muito bem fora de seu habitat natural, pelo que ouvi dizer.
Ela puxou os cabelos prateados para trás com a mão direita, vislumbrando seu interlocutor com a mesma expressão entediada, sem parecer minimamente abalada por aquele novo veneno que ele dizia existir. Naturalmente, Nymeria Lindberg, como a boa estudante de química que era, ficara mais curiosa do que apavorada com tal ideia. - Acho que vou ter que bater um papo com esse tal químico e conseguir uma amostra para mim, já fazia um bom tempo que não testava venenos novos. - onde ela "testava" esses venenos eram um fator a ser questionado. Diziam as mais línguas que de vez em quando um traidor ou alguém que atacara os Lindbergs era encontrado numa situação não muito apresentável... todos com alguma substância estranha circulando nas veias, substância que obviamente causara sua morte. - Que amável de sua parte se preocupar com nossa reputação. Quase acredito que seja um humano exemplar.
Nym fez questão de ignorar a expressão debochada de seu visitante e agora seus olhos ficaram momentaneamente presos no chapéu. Ela não se incomodou com Darkness endireitando sua franja ou seja lá o que ele pretendia com aquele gesto. Já estava acostumada, e sabia muitíssimo bem que gritar com o homem era inútil, pra não dizer contraproducente. Ela soltou suas mãos para segurar o chapéu e averiguá-lo de perto, trazendo-o muito próximo a seu rosto. Se queria encontrar alguma coisa ali ou estava só admirando a costura, era difícil saber.
- Uma lástima que aquela fedelha seja tão impulsiva, deve ter lhe dado tanta dor de cabeça... realmente, esse é um péssimo plano. Eu deveria me oferecer para dar conselhos melhores? - Nym voltou a pousar o acessório sobre a mesa e cruzou as pernas, fazendo uma careta em seguida. Se havia algo com que não concordava quando se tratava de crime organizado, era a questão relacionada as bonecas humanas. Ela tinha noção do quanto conseguia ser cruel... mas não havia nada mais terrível do que o que era feito com aquelas meninas. - Como se não bastasse o que fazem com as crianças...
Beyond talvez já tivesse em mente que, se Nym chegasse as pesquisas primeiro, ela daria um sumiço nelas imediatamente. Eles podiam até se aliar para colocar Shadow para baixo e fazê-lo arrepender-se de querer competir com a Máfia, mas assim que este objetivo estivesse concluído, aquilo se tornaria uma corrida para ver quem chegava aos espólios primeiro.
- Shadow... um apelido tão prepotente. Esse cara realmente sabe jogar. - ela espreguiçou-se por trás da escrivaninha, inclinando a cabeça para um dos lados, seus olhos desiguais focando-se nos vermelhos de Beyond Darkness novamente. - Está sugerindo uma parceria?
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Sex Out 06, 2017 8:32 pm
[ Põe medinho nisso -q não sei se corro ou se abraço a Nym aisjdoidja Ah cara, vou até pagar promessa se ela vier mesmo AUSHAUHSA ]
Não era só por causa de sua postura alta, do encorpado sobretudo vermelho e seus grandes óculos alaranjados. O Cão de Caça dos Darkness tinha por si só uma presença muito mais densa que uma "pessoa comum" - e este termo também se refere às pessoas da máfia no geral: criminosos, assassinos, sádicos. Era como se ele estivesse num nível diferente, não num degrau à frente, mas numa escadaria inteira distinta, geralmente provocando nos outros a sensação quase enferma de que ele estava sempre por perto, como uma onipresença intrometida... e este era justamente um dos fatos que talvez o levassem ao patamar de ser comparado ao sobrenatural. O homem era um mistério ambulante e tagarela e as pessoas percebiam isso, de modo que não havia ninguém que ficasse realmente despreocupado diante dele. Não era de se espantar que qualquer um que tivesse um mínimo contato com Beyond fechasse a janelinha do banheiro quando fosse tomar banho ou saísse apressadamente depois de apagar a luz da cozinha de madrugada.
De certa forma, Beyond também sabia que, a partir do momento que estavam unidos no mesmo cômodo, aqueles olhos desiguais podiam ler cada movimento seu - e isso não parecia incomodá-lo nem um pouco. O Darkness não era alguém que andava por aí com segundas intenções escondidas; como ele mesmo havia dito, quando realmente quer alguém morto, ele nunca bate na porta. Ainda assim, todo aquele aspecto transcendente caía em estigma quando se ligava ao fato de que ele não sabia tanto assim sobre Nymeria Lindberg. Ela o fazia parecer mais humano. As coisas costumavam perder o interesse fácil nas mãos dele, como se tudo rapidamente cumprisse seu objetivo e logo se tornasse inútil, mas tal garota era um artefato definitivamente surpreendente... sempre. De modo que ver por debaixo da pele, carne e ossos parecia pouco. Beyond gostaria de dissecá-la completamente, analisá-la nos mínimos detalhes e entender seu complexo funcionamento de uma vez por todas... embora tivesse um certo receio(?) de ter que descartá-la depois por falta de interesse. Sua relação com as pessoas que lhe chamavam a atenção(e Nymeria estava no topo delas) era como chupar uma bala e esperar que ela nunca acabasse, ou enjoaria do gosto rapidamente.
- Então temo que meu mundo seria muito entendiante. Meus gostos variam com uma facilidade tremenda. Geralmente, quando consigo o que quero, eu nunca quero de novo... e o quão exótico é o seu gosto?- aquela pergunta podia englobar muitas coisas, mas ele não especificou, apenas atirando-a no ar.- De fato... embora o mesmo possa ser dito dos indivíduos que dão o azar de encontrar com animais selvagens dentro de suas casas.
De esguelha, o sorriso dele se prostrou mais brilhante ao detectar a curiosidade completamente impassível da Lindberg.
- A princesa dos venenos, não é? Será que estamos passando você?- ele indagou com uma pontinha de provocação na voz.- Precisa-se de reputação para atrair ou afastar problemas. No mais, é interessante o show que você prepara nos inimigos do seu pai... mas é para isso que servem os venenos, certo? Aos coadjuvantes, pérolas aos porcos. Você não é uma. É a protagonista.
É claro que ele tinha preparado o assunto, desde a premissa até a resposta dela para tentar, mais uma vez, esgueirar-se numa psicanálise da Lindberg e assim saber mais sobre ela. No entanto, prosseguiu sobre o tal químico:
- Posso poupar-lhe da viagem até o Novo México. Heisenberg deu-me uma amostra.- dito isso, ele desviou cautelosamente a mão que ajeitava a franja sem cor até o próprio peito por debaixo do sobretudo - movimento que fazia para tirar seus revólveres, era válido lembrar - mas o que saiu dali foi uma pequenina cápsula cilíndrica de vidro aparentemente inofensiva. O que talvez fosse ameaçador fosse o conteúdo dentro desta: era um pó branco, parecido muito com sal. Com movimentos quase graciosos, ele estendeu tal objeto em direção à menina de cabelos descorados.- Ah, mais uma coisa: não há antídoto para isso. Uma vez que se tome, é apenas esperar pela morte... eu sabia que você ia gostar.- acrescentara aquela última parte no fim da frase com uma entonaçãozinha que também poderia traduzir-se de uma maneira muito infantil "viu, eu podia mesmo ter te envenenado, mas não fiz, e ainda trouxe presente. Sou sim um ser humano exemplar."
Enquanto isso, ele observara a inspeção da garota em torno de seu chapéu. Não sabia dizer se estava ansioso para que ela encontrasse a lâmina fina em forma de meia-lua da Karambit que havia displicentemente escondida ali, quase por dentro da costura.
- Que amável da sua parte se preocupar com minhas dores de cabeça.- num breve ato de deja vu, ele ironizou.- Eu certamente adoraria ouvir suas opiniões... mas com Alessa isso é mais complicado do que parece.
Beyond sabia o quanto o assunto das Bonecas Humanas deixavam Nymeria desconfortável. Era até estranho que ele não chegasse a querer provocá-la com isso, sendo quem era. No entanto, talvez fosse exatamente por isso que não levava este assunto à mesa; estar frente à frente com a pessoa que fazia talvez a coisa mais detestável em sua concepção já era um desafio e tanto. E ele queria ver como ela passava por este, de modo que aquele último comentário terminado com reticências foi displicentemente respondido pelo falante assassino.
- Bem... no nosso ramo, todos fazemos algo contra algo.- ele sabia ainda mais que aquilo o que estava propondo só iria rumar até certo ponto. Se eles conseguissem botar as mãos em Shadow e sua pesquisa, Nymeria faria de tudo para que ela sumisse da mesma forma que surgiu; rápida e secretamente. Mas Beyond queria pôr as mãos naquele estudo de qualquer maneira.... Trabalhar com alguém que tem apenas metade dos objetivos em comum consigo não é uma decisão muito segura... mas, em parte, foi por isso mesmo que propôs:- Rápida como sempre, Nymeria. Sim, uma parceria. Na verdade, algo até um pouco maior... estou oferecendo meus serviços a você.
Beyond retirou os óculos alaranjados. Aqueles olhos cor de sangue se fizeram à mostra, brilhantes na pouca luz do quarto. Seu sorriso pareceu mais mordaz naquele instante, enquanto ele fitava aquelas íris desiguais com igual cor distinta.
- Em troca, você apenas tem que me deixar por dentro de tudo... e o apoio da Darkness nessa investigação será cem por cento. Eu imagino que será muito mais fácil se tivermos duas organizações complexas atrás de uma seita em desenvolvimento...
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Dom Out 08, 2017 11:33 pm
(Abraçar tu sempre pode, o que ela vai fazer depois que é o problema. q Vou tentar me lembrar de lembrar ela q Eu tava pensando aqui, o certo não era "Eu como minhas asas para me fazer domesticado?")
Outra pessoa jamais teria deixado Beyond adentrar o aposento àquela hora da noite quando se estivesse sozinha - ignorando-se seus parceiros mafiosos, é claro - ainda mais porque às vezes parecia que aquela pessoa misteriosa queria dissecá-la viva para ver o que havia ali dentro. Não era a sensação mais confortável do mundo, e nem mesmo Nymeria Lindberg era completamente imune aquela aura demoníaca que parecia emanar do Darkness. Contudo havia um motivo igualmente estranho e misterioso que fazia-a confiar no homem de vez em quando... embora a palavra confiar soe um pouco forte... era mais como a impressão de que ele não faria algo de ruim a ela. Essa sensação nem sempre estava presente, era verdade.
- Isso deve ser realmente detestável... sempre estar em busca de algo novo para saciar sua curiosidade. - ela fez uma pausa, pensando um pouco sobre o assunto. Quão exótica ela mesma conseguiria ser? Era uma incógnita. - Eu tendo a ser movida pela curiosidade mais do que pelo gosto. Mas quando gosto de algo é pra vida toda. A menos que aja uma grande razão para que mude de ideia. Então eu o destruo com minhas próprias mãos.
Ela absteve-se de responder o comentário sobre animais selvagens dentro de casa. Se já era uma infelicidade encontrar um em seu lar, o que se poderia dizer de alguém que deixa ele entrar?
- Eu tendo a não me sentir chateada por algo que não estava em minhas mãos para controlar. - um dar de ombros. Ela realmente não parecia incomodada com o fato de ser "passada para trás". No entanto, quando Beyond mencionou o pai dela, um brilho sutil de ira pairou sobre seus olhos desiguais. - São os meus inimigos que terminam daquela forma. Meu pai tem seus próprios métodos de fazer uma sujeira. E principalmente limpá-la, em seguida.
Aquela raiva não passaria despercebida. Mais uma vez ela estava ali, palpável. O que o líder atual da família teria feito a pequena Lindberg para despertar essa fúria? Haviam muitas possibilidades, mas nenhuma das comuns parecia fazer sentido. Talvez isso ditasse o suficiente sobre a pergunta que Beyond fizera... sobre ela ser a protagonista da própria história. Não havia dúvida alguma que Nym não aceitaria ser manipulada por ninguém. Nem mesmo pela própria família.
Ela encarou aquele pote que Beyond tirara de dentro das vestes, a raiva dando lugar a uma curiosidade mórbida. Se fora aquele estresse momentâneo que fizera Nym ignorar o gesto que poderia ser letal para ela ou se ela simplesmente não acreditava que o homem atiraria nela, não dava para ter certeza. Nym verificou aquele vidrinho de cima a baixo como se fosse uma espécie nova de animal ou um alienígena em conserva. Seus olhos chegavam a brilhar de entusiasmo, quando ela pegou aquilo para si. - Agradeço, "Ser humano exemplar".
Talvez pela primeira vez, ela deixou um breve sorriso cruzar seus lábios. Seus dedos voltaram a percorrer o chapéu, era de se imaginar que mesmo que Nymeria encontrasse algo nele, como uma arma escondida, por exemplo, não haveria uma reação muito perceptível por conta dela. Nym saboreou um pouco mais daquele sarcasmo, afinal estavam entrando num assunto delicado. O assunto das Bonecas Humanas. Era algo que ela não admitia que ocorresse, mas Nymeria Lindberg era da máfia, não de uma organização do lado da lei. Nem mesmo ela entraria numa briga com Beyond por conta daquelas garotas... por mais que achasse esse lado dele nojento. O máximo que podia fazer era mantê-lo longe das adolescentes e crianças do seu território. O que, era de se esperar que aquele homem honrasse. Isso se ele honrava realmente alguma coisa além do sangue e do próprio sadismo.
- Deveras... - ela estava pronta para fazer mais um longo e esmiuçado debate filosófico/provocativo quando as palavras dele caíram sobre Nym. Como se fossem pingos de chuva, uma por uma, penetraram no seu ouvido e rumaram até os neurônios. Então ela chegou a conclusão que algum deles não devia estar funcionando, porque certamente ela ouvira errado. O principal cão dos Darkness trabalhando pra ela?
Que piada mais bem feita...
Ela quase disse aquilo. Quase. Foi incapaz de evitar dar uma longa gargalhada com a ideia. Então respirou profundamente, chegando a conclusão que sua vida estava muito estranha nesses últimos dias. Primeiro o pai enfiando um dos melhores assassinos (se não o melhor) da máfia como segurança dela, agora Beyond dizendo que estaria sobre suas ordens. É claro que se eles descobrissem o método antes, a informação deveria ser repassada a B. Bom... vantagens e desvantagens... Nymeria Lindberg saberia lidar com o resultado final. Ela acreditava, pelo menos.
- Por mim está ótimo. - foi o que disse, estendendo a mão direita para que Beyond apertasse. - Como é mesmo que dizem? O inimigo do meu inimigo é meu amigo?
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qua Out 11, 2017 2:01 am
[Eu me arrisco então -q asudhsauhd Ah cara, mal posso esperar pra ela aparecer <3 mas sei que a diva anda muito ocupada ultimamente :\ Eu peguei a frase da abertura do Hellsing Ultimate, e lá o original em inglês é "The Bird of Hermes is my name, eating my wings to make me tame", o verbo 'eating' é literalmente 'comendo', no gerúndio. O Alucard fala "eu como minhas próprias asas" num dos eps, mas as duas traduções têm o mesmo sentido, ele mesmo comendo as próprias asas, no significado de auto-controle diante do nome da Hellsing(no caso do B diante da Darkness) e tals ]
Estar defronte aquele homem definitivamente era como andar por um campo minado, mas Nymeria poderia, nessas horas, gabar-se das vantagens que tinha naquele aspecto. Não que fosse muita coisa... ou era? Bem, ter aquele tipo de amizade passivo-agressiva com o Darkness era algo que só ela possuía até então, ao menos pelo que se sabia. A relação do rapaz com a própria Alessa Darkness não era muito conhecida por dentro, mas em público era algo no mínimo... notável. Todas as vezes que estavam juntos em algum evento social, a adolescente parecia simplesmente babar por Beyond. Mesmo sendo seu segurança particular, a garota não andava com ele que não fosse sintonizadamente agarrada em seu braço, enlaçando sua cintura ou até mesmo segurando prazerosamente aquele sobretudo vermelho, seguindo-o numa proximidade tão sufocante que não parecia ser lá tão correspondida por ele... Até mesmo as vezes que Beyond e sua irmã foram vistos juntos poderia-se contar nos dedos. No entanto, ao que se recordava em reuniões das famílias ou algo do tipo, eles mantinham um vínculo formado de diálogos e gestos estritamente profissionais, quase coreografados. Já com Nymeria... o que eles tinham era como uma dança sincronizada, "dois passos para frente e um para trás", indo e vindo com um equilíbrio que partia de ambos... e uma "confiança", ou melhor dizendo, um forte palpite frequente de que nenhum dos dois estava predisposto a matar o outro tão cedo, é claro.
- A princípio soa triste, não? Mas é um engano. Dessa forma eu nunca encontro uma zona de conforto que dure, então é o que me move de lugar. É um gatilho, como a espora para os cavalos.
Após tais palavras, Beyond calou-se. Estava focado nos dizeres de Nymeria sobre seus gostos, como se cada sílaba proferida pela garota fosse um centímetro de corte em sua pele com o bisturi da dissecação. Ele gostava de sempre tirar um pouquinho dela daquela forma, cada vez que se encontravam. E dessa vez, ele conseguira arrancar dela algo ainda mais especial... Foi calado que ele vislumbrou aquele lampejo de raiva gradativamente tomar conta dela, como uma faísca iniciando um fogaréu num terreno de palha. Nym também era uma espécie de campo minado... e ela podia ter certeza que Beyond, quando andava por este, adorava quando uma bomba de repente explodia abaixo de seus pés. Uma sensação de louvor intensa... era quase como se ele estivesse no Inverno Vermelhonovamente, anos e anos atrás... De forma nada contida, ele desabafou uma risada orgulhosa.
- Achei que, numa família, os inimigos de um eram os inimigos de todos.- ele respirou mais forte, parando de rir, mas ainda mantendo aquele sorriso que parecia agora mais brilhante.- Sei... o seu pai. Eu posso apenas imaginar a grande razão que a fez mudar de ideia sobre o velho...- ele passou a língua pelos lábios, displicentemente, como se saboreasse o gosto de algo invisível.- Porque eu acredito que só se pode desprezar tanto assim alguém em que já se confiou antes. Eu vejo uma pequena menina que foi brutalizada pela decepção e por isso é tão determinadamente inabalável...
Em seguida, observou que ela pegasse a pequena ampola, prestando atenção que o semblante de fúria se moldara diferente, passando para aquela feição muito atenciosa, como uma criança que ganha um presente surpreendente de natal. Poderia dizer que aquela era uma das poucas vezes que Nymeria deixava transparecer a idade que possuía de fato. Ela era muito jovem, afinal de contas. Às vezes tinha de se lembrar disso, ou a extrema maturidade ácida da garota não lhe deixaria brechas se não vê-la como uma jovem mulher que sabe o que faz. Aquele sorriso e suas palavras fizeram com que Beyond inclinasse a cabeça o suficiente para uma mesura breve, girando metodicamente o pulso direito no processo apenas para dar mais ênfase ao gesto. O que praticamente ninguém sabia(afinal, os que sabiam jamais iriam contar) era que Beyond viera da guerra. Da grande lista de boatos que cercavam o misterioso cão dos Darkness, dizia-se que ele fora, em algum momento, parte essencial das guerras recentes(a mais recente sendo vinte anos atrás) no território do Cáucaso, nome dado à região que fica entre a Europa e a Ásia. Era um palpite arriscado e com embasamentos superficiais, então não era de se surpreender que não houvesse quem apostasse todas as fichas naquilo. Embora o Darkness não tivesse qualquer sotaque ou trejeito que pudessem dar uma pista sobre sua origem territorial, de fato, algo que ele não poderia mudar era que realmente possuía feições armênicas. A pele era pálida, mas não tanto, e não pendia nem para o rosa nem para o amarelo, mas apenas um branco um tantinho mais queimado. Seu queixo largo, nariz reto, olhos meio amendoados com pálpebras pesadas e os cabelos lisos recheados e extremamente pretos lembravam bastante a típica genética do povo da Armênia... exceto por aquelas anormais íris vermelhas, é claro. No entanto, assim como em qualquer outro lugar do mundo, desde a Europa até a Ásia e mais adiante, não haviam rastros dele em canto nenhum. Mas ele lembrava-se perfeitamente do próprio passado. E o conceito de honra foi uma das primeiras coisas que lhe foram enfiadas na cabeça desde a primeira vez que ele vestiu algum uniforme camuflado com brasões sobre o peito. No entanto, tinha uma opinião diversificada sobre honra, o que apenas mostrava que os ensinamentos que lhe foram passados podem ter simplesmente entrado por um ouvido e lhe saído pelo outro. De modo que a realidade nada mais é do que o melhor palpite da mente de cada um sobre o mundo, para Beyond, honra era algo tão real quanto fantasmas. Ele nunca tinha visto, nem sentido e, se estava mesmo por aí, não queria saber. Ele nunca tivera o menor problema com mistérios; Beyond atribuía ao mundo a mesma uniformidade aterradora, e a questão nunca foi saber se era capaz de aprender algo, mas se valia o esforço. Ser alguém honrado... isso o fazia revirar os olhos. Ele respeitava a questão territorial entre os Darkness e os Lindberg simplesmente porque não lhe valia o esforço desrespeitá-la e não porque uma palavra poderia torná-lo mais elegante à vista dos outros. Se um dia achasse que precisaria invadir os domínios russos... ele o faria. Assim como tudo à sua volta era uma grande gangorra e ele só precisava dar um pequeno impulso para mudar todo o equilíbrio. Nada o impedia, a não ser ele mesmo. Se algo naquele homem chegava perto de honra, talvez fosse a domesticação de seus atos. Não tinha sido desde sempre que B costumava medir as consequências de algo... Mas ele tinha tomado algumas notas antes de ir até ali naquela noite.
- Eu não a vejo rindo assim desde... bem, nunca vi.- isso talvez explicasse porquê ele a estava olhando como quem analisa centímetro por centímetro a nova roupa de uma boneca. Seu sorriso não se contagiou pela risada dela, mas seu tom de voz parecia minimamente animado.- Para alguém sempre tão preparada, você nunca esperou que esse momento pudesse chegar, não é mesmo?
Viu que ela lhe estendia a mão e o aperto dele foi singelo quando a mão enluvada envolveu a pequena. Entendeu que, no fim, ali estava selado o pacto. Gestos assim eram sempre importantes na máfia.
- Na realidade, quando penso em ditados, só me vem um à mente. Um que há tempos não me sai da cabeça, uma única frase de Adonais...- ainda segurando a mão dela, ele inclinou-se à frente, de forma que seu peito quase deitou sobre a escrivaninha.- "Não mais deixe que a Vida separe o que a Morte pode unir."
O silêncio reinou por alguns segundos. Aquilo podia significar muitas coisas, mas o fato é que, naquele momento, a união da Princesa Lindberg e do Cão dos Darkness estava compactuada. Se pensasse bem, aquela citação soou como se já tivesse ponderado,como numa profecia, que um dia iria acabar se unindo à Lindberg oficialmente... mesmo que apenas por um caso. Na realidade, era quase como se ansiasse por isso, se viesse preparando-se para tal, como se desde o princípio fosse algo inevitável. E por que justamente aquela era a oportunidade perfeita? Ainda assim, como Nymeria acreditava em seu próprio potencial, Beyond também acreditava que saberia lidar com o resultado; que certamente tomaria para si o que queria, no remate, quando ambos seus caminhos se separassem na corrida pelas pesquisas finais de Shadow.
- Algo me diz que isso tudo será mais arriscado que o normal, Nymeria. De agora em diante, seremos como uma só mente para dois corpos... deixarei que, por um tempo, seja minha dona, ou o mais próximo que meu senso pode entender disto.
Por dentro, a decisão rápida e incisiva da Princesa havia aclamado ainda mais o interesse de Beyond. Aquela menina era realmente imprevisível. Ela sequer hesitara em respondê-lo, em selar o pacto que levariam dali em diante. No entanto, também de forma imprevisível, o aperto de mãos se tornou mais intenso quando os dedos maiores passaram por cima dos menores e os puxaram, provavelmente fazendo com que o dorso de Nymeria fosse enviesado à frente, também sobre a escrivaninha, e só então ambos pudessem encarar um à anormalidade colorida nos olhos do outro numa proximidade jamais tida antes...
- Então diga-me: será você capaz de domar não apenas um, mas duas bestas ferozes sob o seu comando?
Embora fosse difícil explicar como ele sabia disso, ele tinha consciência da dificuldade que ela estava tendo com Lennart perseguindo-a para lá e para cá... talvez, pensava apenas consigo mesmo, que a menina não estivesse realmente acostumada a ter alguém vigiando seus passos. O que diria de dois fazendo isso agora?
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qui Out 12, 2017 10:18 pm
(HUahushaus Acho que tu vai ter que esperar um pouco mais, aparentemente ela esqueceu de postar de novo. Entendi :3 Mas ainda acho que "como minhas asas para me domesticar soa melhor q)
A dança que aqueles dois faziam questão de executar - fosse para entender mais o outro, fosse para apenas provocá-lo - era tão complexa que uma pessoa de fora não entenderia. E ninguém entendia mesmo. Talvez Edrik poderia ser colocado na equação, afinal também era vítima das frases mordazes de Beyond. Nisso os gêmeos eram parecidos, muito embora o irmão mais velho fosse mais pacífico que Nymeria... ou tão pacífico quanto um filho de líder da máfia poderia ser. Era de se perguntar até quando ela duraria... e se tudo terminaria num belo banho de sangue no final.
- Eu tendo a acreditar que mudança é algo bom, mas algumas fundações devem manter-se firmes. - os olhos desiguais piscaram lentamente, após o acesso de raiva ela tinha conseguido voltar a uma neutralidade um tanto conturbada. Entretanto, se Beyond esperava tirar outra reação extrema dela com o que dissera a seguir, Nym decepcionou-o completamente nesse quesito ao afirmar, categoricamente. - Você pode descobrir sozinho. Mas eu vou lhe dizer apenas uma pequena coisinha a respeito de meu pai. - Ela cruzou as pernas curtas, mas delicadas, assumindo uma posição que quase remeteria a uma rainha olhando desdenhosamente para um subordinado qualquer. - Se a morte chegar para ele, será por conta da minha espada. Diga isso para sua Senhora também, caso um dia o Chefe da Máfia Russa a irrite irremediavelmente. Se alguém tirar meu prêmio, não serei nem um pouco compreensiva.
Havia um segredo trancado a sete chaves. Um segredo que nem mesmo Edrik sabia. Aquilo fora guardado em algum canto escura da mente daquela garota, germinando lentamente e tomando uma proporção de ódio palpável. Se o pai percebera aquilo nela, não fizera nada para impedir. Ele nem se dava ao trabalho de convencer a filha, independente do que causara aquela reação de mágoa... não, de desprezo. Não era discernível se o fazia por não acreditar que ela fosse capaz de assassiná-lo de fato ou se simplesmente queria ver onde aquela garota chegaria.
O fato era, como observado por Beyond, Nymeria era uma adolescente. Ela era realmente muito nova, e além de tudo uma garota. Isso ficava evidente em pequenos gestos... como aquele que acabara de fazer, ao receber tal "presente". Claro que havia Alessa para comparar, mas dificilmente aquela pirralha deveria se envolver diretamente com mortes e assassinatos. A espada de Nym matara mais gente do que aqueles alunos com quem estudava atualmente tinham nos seus círculos sociais. Seus venenos trouxeram a tortura a tantos outros mais. Ela aprendera a matar, controlar-se e desejar alto cedo demais. Se aquilo se tornaria a razão de sua ruína ou de sua ascensão, era uma interrogação a se fazer. Mas ninguém poderia negar que Nymeria Lindberg era uma peça rara... letal e capaz na mesma medida.
- Não é muito do meu feitio. Mas continuo tendo músculos faciais para sorrir e um bom senso de humor. - ela piscou um dos olhos - o vermelho - para Beyond e inclinou a cabeça, espalmando as mãos enquanto fechava o outro também. - O que posso fazer? Você me pegou... foi realmente inesperado.
Ela ergueu uma sobrancelha ao ouvir as palavras de Beyond. Aquilo tinha algo de profético, e por um mínimo segundo Nymeria pensou que aquele pacto poderia ser desejado a bastante tempo. Mas o que exatamente o cão dos Darkness queria com a Herdeira dos Lindbergs? Podia ser algo relacionado a própria máfia, como tirar informações importantes ou algo assim. Ela duvidou totalmente daquilo, afinal tinha certeza que o homem sabia bem: Nym não faria comentários que poderiam futuramente tornar-se um problema para ela. Até mesmo o fato sobre almejar matar o pai não era necessariamente um segredo, se alguém olhasse bem em seus olhos.
- E eu jurava que você somente obedecia a pequena sádica. Mas como poderia desfazer-me de um pássaro que pousa de tão boa vontade em meus dedos? - Ela sentiu o apertar de Beyond na mão dela e pressionou a dele com a mesma força. Aquela menina... ela simplesmente não admitia perder para alguém, era impressionante como sempre mantinha-se acima - ou, no máximo, ao lado - nunca abaixo, tanto dos aliados quanto dos inimigos. Nym olhou-o profundamente nos olhos, como se fosse retirar alguma informação importante dele, e deixou um sorriso lento e convencido estampar-se em seu rosto. - Eu governarei os Lindbergs, B. Eu posso lidar com muito mais que dois.
Sim, ela não estava acostumada - nem sequer gostava - da ideia de ser vigiada. Mas quando se tratava de mandar caçar, Nymeria estava totalmente no controle. De Lennart, e, se Beyond fosse realmente fiel as palavras que acabara de dizer, do cão dos Darkness também.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Sex Out 13, 2017 4:50 pm
[Droga :c aushdsuhda vamos esperar então -qq Nah, eu gosto das duas, mas o slogan é o slogan ]
Não havia decepção no semblante do homem; muito pelo contrário, aqueles músculos repuxados e aparentemente satisfeitos ainda reinavam no sorriso em seu rosto e, muito embora ele não pudesse negar que seus olhos pareciam sedentos para ver mais um brilho mordaz na heterocromia à sua frente, seus ouvidos estavam mais do que saciados. Não houve outro lindo acesso de raiva, mas aquelas palavras recheadas pareciam equivalentes de tão fortes e, diante do olhar quase desdenhoso dela, que parecia querer igualá-lo a uma formiga em seu sapato, Beyond não poderia sentir-se mais privilegiado. Algo dizia que ser olhado de baixo, temerosamente, por pessoas que pediam licença para falar era uma coisa no mínimo monótona para ele. Mas ser olhado de cima, por um queixo empinado e uma postura que esbanjava autoridade... isso sim lhe parecia divertido de observar. Simplesmente porque este último era raro de lhe acontecer.
- Receio...- sua voz ergueu-se brevemente numa intervenção. O quão teimoso e quase irritante aquele subordinado qualquer conseguia ser...- que se eu levar o recado à ela, entraremos numa corrida nada amistosa pela cabeça de seu tão repuldiado pai.
Alessa Darkness era definitivamente uma suicida, Nymeria poderia saber tanto quanto B. Se a herdeira dos Lindberg aprendera aquilo tudo tão cedo, Alessa, tão nova quanto a própria Nym, também era algum exemplo disso, embora ela tivesse deixado uma coisinha passar... a parte do auto controle. Aquela menina era sempre uma explosão. Usando roupas sempre muito provocantes com o estampado intuito de atrair a atenção de todo e qualquer homem, gritando e fazendo birra até mesmo nas reuniões mais essenciais, aquela menina era nada mais que ávida por atenção, mas não era para ser subestimada. Ao mesmo tempo que fazia questão de se comportar como uma verdadeira prostituta histérica e por vezes muito infantil, ela definitivamente adorava invadir a sala de tortura dos Darkness para brincar um pouquinho com os pobre coitados dali. Quantas vezes aquela garota não havia metido bala na cara de um ou outro mafioso rival do nada, desrespeitando o código de mortalidade e segurança que se faz presente entre as reuniões? Ela não era nada profissional, apenas se aproveitava de situações críticas. É claro que, exatamente por isso, ela tinha o instinto imparável de cavar a própria ruína. As mortes que Alessa causava só costumavam atrair muito mais assassinos ao seu encalço do quê afastá-los, completamente o contrário do que ocorria com Beyond. Se poucas tinham sido as vezes que alguém realmente tentara acabar com a vida da líder maluca dos Darkness, era simplesmente por causa que ela vivia na sombra de seu temido cão.
- Posso dizer que adoro o seu senso de humor e eu sei que também gosta do meu. Devíamos marcar um jantar?- ele tinha se aproveitado da piscada de olho dela e transformado o gesto em algo mais pessoal, o que ele retribuiu com uma levantada de ombros amigável, sentimento que se projetou na fala descompromissada a seguir:- Poucas são as boas surpresas quando vivemos no submundo, certo? Mas esta não foi tão ruim assim...
B sabia o quanto ela era cuidadosa, em seus mínimos detalhes quase como se, apenas nestes poucos anos, Nymeria Lindberg tivesse passado-os costurando a si mesma tão perfeitamente para que, por mais que se movesse arriscadamente, nada lhe escapasse sem querer. As pessoas mais sensatas tentariam descobrir sobre a menina de cabelos descorados de todas as formas, menos conversando com ela mesma, pois este jeito estava fadado a fracassar. Não é que Beyond não fosse sensato... Tá, talvez não fosse mesmo, aquele psicopata dos infernos. Mas era provável que, a respeito de Nymeria, ele realmente pudesse jurar que iria encontrar, uma hora ou outra, algum fio solto nela para puxar...
- Devo dizer-lhe, Lindberg: eu somente sirvo à Darkness.(isso ficaria tão mais legal em inglês, duplo sentido e tudo -q) Farei e faço tudo para protegê-la... coisa que, às vezes, nem mesmo Alessa sabe fazer.
Tinha sido sempre uma incógnita sobre quem substituiria Alessa Darkness caso algum sortudo tivesse a chance de estourar-lhe os miolos. Embora o mais influente Cão da família não demonstrasse qualquer interesse sobre subir ao poder, talvez aquilo um dia chegasse a ser necessário... E, quando ele o fizesse, se realmente o fizesse... talvez ele gostaria de ocupar o trono quando Nymeria também fizesse o mesmo. Ou quem sabe eles tivesse outro substituto para a atual Chefe. Era difícil saber. Eram os Darkness, afinal de contas.
O aperto que Nymeria devolveu-lhe o fez prestar ainda mais atenção no sorriso convicto que ela demonstrou a seguir... Diante das palavras dela, não apenas uma vírgula tinha se alterado na face de B, mas um contexto: seu sorriso parecia imitar o dela - na verdade, seguir seu conceito. Era o sorriso de alguém que se cala por último. Por fim, persuadido. Aquela era a resposta que ele estava procurando. Uma que em que não tivesse como rebatê-la.
- Oh, sim... você governará.- foi tudo o que disse, antes de se afastar da menina novamente, ajeitando a postura e, por fim, levando os óculos laranja novamente ao rosto, encaixando-os displicentemente sobre a ponte do nariz.- Agora, por mais que isso esteja muito divertido, eu deveria deixá-la dormir... mestra.
Aquela última palavra saiu frisada de propósito e, diante disso, seu sorriso provocativo voltou a emergir.
- No entanto, gostaria de pedir-lhe uma última coisa.
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Dom Out 15, 2017 1:04 am
(Vamos diminuir um tiquinho os posts já que ele tá saindo de cena né? q)
- Então apenas guarde para você mesmo e mantenha sempre em mente. - ela acreditava que essas palavras fossem o bastante para deixar claro que aquele era um assunto com o qual nem Alessa nem B deveriam brincar. Em busca de seus ideais Nymeria Lindberg poderia até mesmo superar o certo receio de entrar numa briga com Beyond Darkness por tentar matar a senhora dele.
Nym achava que uma criança cabeça de vento e maníaca-psicopata a menos no mundo seria de uma grande diferença... em Los Angeles, pelo menos. Não que Nymeria fosse a pessoa mais sã do mundo, mas ao menos a jovem sabia quando tinha alguém querendo estourar sua cabeça.
- Eu tenho preferência por homens mais novos, B. De preferência aqueles que não tentam me convencer que vou morrer chupando um pirulito de cereja. - ela abriu um sorriso breve. - De fato, coisas interessantes costumam vir de outras ruins.
Nymeria ficou em silêncio por alguns segundos, quando Beyond alegou que servira apenas a Darkness. Ela desviou seus olhos desiguais para o chapéu do assassino e passou seus dedos por ele uma última vez, antes de pegá-lo da mesa e colocá-lo displicentemente sobre a cabeça dele. - Eu me pergunto se aquela garota ainda estaria viva se tivesse outro segurança. O que me faz pensar que ou você é realmente competente ou os assassinos contratados andam ficando mais burros a cada momento. - ela deu de ombros. - Não me importo com quem está sua lealdade, desde que esse caso seja solucionado no final.
Ela teria dito que sim, governaria, com toda a certeza, mas aquilo era frisar desnecessariamente o que estava por vir. Porque Nym acreditava totalmente em sua capacidade de assumir o trono e ser uma governante como nenhuma outra. Ela era forte e determinada o bastante para fazê-lo.
- Seria algo bom, já que foi você quem me acordou pra começo de conversa. - Nym meneou levemente a cabeça com a palavra dita por Beyond, até esperava algo assim dele. Como era de se imaginar, correspondeu na mesma moeda. - Diga, meu mais novo servo.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Dom Out 15, 2017 4:18 am
[Estou no processo de encurtamento, eu juro -qq Mas já quero perturbar a Nym de novo AUSHAUHSA]
- Assim como quase tudo o que você fala, Lindberg... lembrarei sempre disto.- aquilo bastara, de fato, assim como os dizeres dele também pesaram de forma equivalente.- Afinal, mesmo sendo um Cão, ainda sou um homem. E um homem sem palavra não é diferente de baratas.
Era difícil imaginar que Beyond negasse à tentação de ter Nymeria Lindberg como inimiga mortal. Na realidade, os dois extremos lados pareciam agradá-lo igualmente: tê-la ao seu lado, ou tê-la contra ele. Seria um prazer lutar com ela e também o seria se lutasse contra ela. No entanto, era aí que o fruto de sua domesticação se fazia presente. Era quando comia as próprias asas. Diante dessa extrema indecisão em que ambas as escolhas o levariam ao caos, Beyond rumava em cima do muro, andando sobre corda bamba com aquela amizade passivo-agressiva, aquela relação shakesperiana, aquela dança ritmada. O que ele falou a seguir fez lembrar aquele "quase" frisado em sua sentença anterior. Haviam poucas coisas que Beyond não lembrava - ou melhor, fazia questão de não lembrar - que eram ditas por Nymeria... algumas delas eram suas cortadas fenomenais. Ele parecia esquecer-se propositalmente delas para que assim continuasse a importuná-la com brincadeirinhas de segundo sentido que pareciam verdade. Ou vice-versa.
- Homens mais novos? Isso significa que estou perdendo para o pet?- aquilo não poderia ser mais direto, mas ele ria descaradamente ao dizer. B podia ser, de sua própria forma, deveras galanteador, mas era óbvio que aquele comentário era mais um provocamento do que qualquer outra coisa, da mesma forma que tentara convencê-la sobre o pirulito pretensamente envenenado. Era capaz de se imaginar o Cão dos Darkness em muitas coisas, mas encontros românticos definitivamente não faziam seu tipo simplesmente porque ele nunca mostrara real interesse para tal. Um momento de silêncio se fez, no entanto, quando Nymeria esticou-se para pôr o sombreiro sobre os cabelos de B. Foi como num lampejo, mas o sorriso dele pareceu estranhamente doce por um momento, esbanjando cálidas curvas ao invés dos cantos nocivos usuais. Mas isso logo sumiu quando ela se afastou.
- Imagine que sentas ao lado de um grande sábio, Nymeria. E este indivíduo lhe fala coisas muito inteligentes, coisas das quais você sequer faz muita noção. Vamos dizer que um raio o atinge e, repentinamente, ele triplica a própria inteligência... me diga: você seria capaz de notar a diferença?- ele inclinou a cabeça, passando o indicador pela borda do chapéu, como alguém que reseta um vinil.- Da mesma forma não posso lhe dizer se os assassinos de hoje em dia estão mais burros... eles sempre foram estúpidos demais pra mim.
De uma maneira metódica, ele simplesmente desligou a lamparina da escrivaninha, embora continuasse com o olhar focado na menina à sua frente, sem nem piscar.
- Este caso será encerrado, de uma forma ou de outra. Isso também é parte da minha palavra. E, bem, ao menos tenho certeza de que você terá sonhos melhores quando voltar a dormir agora...- algo brilhava em sua mão, a luz fraca que adentrava pela janela poderia mostrar. Era a faca Karambit que anteriormente estava escondida em seu chapéu. Beyond fincou a lâmina sobre a madeira da escrivaninha que os separava, de modo muito lento e descompromissado, de forma que não oferecesse um real perigo à Nym ainda que fosse Beyond Darkness com uma faca nas mãos.- Alessa pode parecer, mas não é estúpida. Devo pedir, mestra, caso ela venha atrás de você para tomar satisfações e apenas caso eu não possa impedi-la de passar dos limites... mate-a.
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Ter Out 17, 2017 11:59 pm
(kkkkkkkkkkk e quando você não quer perturbar a Nym? Sempre podemos dizer que passaram-se alguns dias -q)
Nym suspirou diante da frase. Aquela pessoa realmente tinha um grande orgulho. Ela estava acostumada a lidar com pessoas egocêntricas nos mais diversos níveis. Seu pai era uma delas, ela própria poderia ser considerada na equação. Para melhorar, inseriram Lennart e o próprio Beyond. Certamente alguém queria testar a sanidade de Nymeria, porque tantas pessoas peculiares a sua volta só poderia acabar em tragédia. Daquelas mais Shakesperianas, ainda por cima. Definitivamente ela não aceitaria uma coisa tão dramática para a sua vida, de drama já bastava o que vivera na infância.
- Acredite no que você quiser... me pergunto se está com algum tipo sem sentido de ciúmes. - Nym não acreditava ter nada com Lennart além de uma relação profissional que eles tentavam tornar mais pessoal para gerar menos desconfiança. O fato de seu corpo tomar ações adversas quando estava perto dele não deveria significar nada além dos seus hormônios adolescentes pipocando. Era normal. Absolutamente normal, afinal aquela garota era humana.
Ela captou aquele breve sorriso e espelhou-o pelo mesmo período de tempo, antes que reajustasse uma das mãos sobre o colo e outra em frente a boca, para esconder um curto bocejo. Aquela visita em cima da hora estava realmente cobrando seu preço.
- Eu posso jurar que se alguém recebe um raio na cabeça não vai triplicar sua inteligência. Naturalmente ele vai estar morto ou sofrer um dano considerável mental e fisicamente, então bem... acho que isso daria para notar. - Nym sorriu altivamente de trás da escrivaninha. Não fora um exemplo dos mais elaborados, mas ela entendera-o. Apenas debatera pelo simples prazer de discordar de B.
Nymeria não moveu-se quando ele desligou a pequena lamparina, muito menos quando a faca foi enfiada na madeira do móvel que havia entre os dois. Ela baixou a mão que estava na boca e cutucou ociosamente a parte plana da lâmina, parecendo dar-lhe toda a atenção.
- Sabe, eu paguei caro por essa escrivaninha, poderia fazer o favor de não marcá-la? Eu não duvido que isso terminará de uma forma aprazível para nós. Não sei dizer se terei bons sonhos, não é como se eu costumasse sonhar. - as palavras seguintes dele, porém, fizeram com que ela erguesse uma das sobrancelhas. - Está tudo bem para você ter sua dona morta por mim? Pensei que sua lealdade a ela fosse absoluta.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qua Out 18, 2017 7:13 am
[A Nym é tão perturbável <3333333333333333333 Que ideia maravilhosa AUSHAUHSAUHSA vou aderir, volto em breve muaahahahaha -q]
- Ciúmes... um misto de medo e vergonha, um dos sentimentos mais primitivos e menos compreendidos até hoje. E se eu estiver?- aquilo não teve muito crédito quando saiu da boca dele simplesmente pelo fato de que Beyond Darkness não sentia algo como vergonha. Muito menos algo como medo. Talvez fosse obsessivo com as coisas que gostava(de sua própria maneira conturbada) e precisariam inventar um novo nome para o que ele sentia quando pensava em Nymeria com Lennart - e da relação dos dois ele podia saber muito ou pouco, mas parecia ter certezas ocultas sobre isso, já que ele a olhava com ares de uma tia que pergunta sobre os namoradinhos.- Engraçadinha.
Aquele último comentário veio sobre a gozação dela sobre o "raio na cabeça". Ele não iria explicar que aquilo era um conto fantástico com uma moral a qual ele julgava surpreendente porque não havia necessidade para tal. Sabia que ela havia entendido, e um riso breve lhe escapou dos lábios. B realmente adorava que ela continuasse firme e forte na arte de discordar dele. Aí que estava o ponto: se ela quisesse realmente irritá-lo ou provocá-lo, talvez devesse começar a concordar com tudo o que ele dissesse ou pelo menos ser muito passiva diante de suas falas. Este era um papel que Nymeria Lindberg, duvidavam, jamais iria se prestar. E assim a conversa estava fadada a prosseguir. Diante da reclamação dela, a faca parou por um instante, só para que ele a olhasse por debaixo dos óculos e fizesse o visível movimento de soerguer uma sobrancelha, com o reflexo das íris mostrando claramente uma expressão de "você tem dinheiro para umas mil escrivaninhas como essa". Tal argumentação silenciosa, sua mão, que segurava o pequeno cabo da faca, abriu-se o suficiente para englobar também a pequena mão de Nymeria, a qual ele displicentemente fez com que se unisse a dele. De tal forma, o que foi rabiscado na mesa a seguir foi obra dos dois:
B esteve aqui
(:
Era uma incógnita para quem aquele recado realmente era destinado, afinal Nymeria Lindberg, a única e exclusiva dona do quarto, já sabia muito bem que B estivera ali. Se algum aluno visse aquilo, encararia como algo normal naquela escola, adolescentes e tudo mais, talvez um namoradinho qualquer... A questão era o que alguém que entendia sobre máfia pensaria se achasse aquilo.... no mundo criminoso, "B" não era uma letra do alfabeto. Era o nome de um demônio. De forma muito sútil, o território acabara de ser marcado, era essa a sensação. Para o bem ou para o mal, não se sabia.
- Bem, então tente sonhar desta vez... sonhos são importantes, minha querida Nymeria. - outro sútil toque em seus cabelos descorados. Beyond alisou uma das longas mechas de cabelo da menina por um momento breve. Naquele mesmo momento, ele igualmente sorriu daquela forma estranhamente doce...
A faca foi guardada metodicamente em seu sobretudo quando ele endireitou-se, dando as costas para a Lindberg.
- Assim como ocorreu antes que eu entrasse neste aposento, mestra... eu já respondi sua pergunta antes que a fizesse. - estava referindo-se ao que dissera anteriormente, sobre sua lealdade estar apenas com a Darkness e que, às vezes, nem mesmo Alessa era capaz de ser exatamente benéfica para a família. Fosse o que fosse do que aquele gravíssimo pedido se tratava, algo suspeito parecia estar acontecendo debaixo dos panos na família Darkness também... era bom esperar que isso não atrapalhasse a investigação conjunta que eles estavam prestes a executar.
Dito tais palavras, no entanto, ele simplesmente andou até a porta, girando sua maçaneta e deixando o recinto sem mais olhar para trás até que sua imagem sumisse, assim como surgiu, repentinamente pelo corredor escuro naquela madrugada.
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Sáb Out 21, 2017 11:22 pm
(KKK, ela é mesmo, fazer o que? Well, as coisas nos fóruns são tão fáceis. q Nossa, eu já devia ter respondido, mas não entrei direito por esses dias, cheguei até a postar um pouco com o celular mas posts com o B não dá pra responder pelo cel. -q)
- Eu estaria absolutamente surpresa se você pudesse sentir tal coisa. Tenho a impressão que você é alguém obcecado, e pessoas obcecadas por algo tem a tendência de não querer dividir. Não sei se isso é o mesmo que sentir ciumes de alguém, é? - Com aquela argumentação Nym estava procurando uma reação que explicasse o que B sentia exatamente. Mas, ao mesmo tempo, deixava claro que sabia (ou desconfiava) que o homem estava de certa forma obcecado por ela, ainda que não parecia ser uma obsessão de caráter sexual. Beyond realmente era alguém difícil de prever. Mas algumas coisas podiam ser deduzíveis com um pouco de observação.
Ela sorriu displicentemente com o "elogio" dele e seus olhos correram em direção a mão que o homem prendia junto a faca. Sim, ela sabia que podia comprar quantas escrivaninhas quisesse, mesmo assim não era do tipo que destruía o próprio patrimônio por conta própria. Nym suspirou ao olhar a mensagem recém-rabiscada, parte por sua mão parte pela de B, e deu de ombros, piscando suas pálpebras, os cílios grandes batendo levemente sobre a pele pálida.
- Lugar peculiar para uma marca, não acha? - ela sabia que aquilo ficaria ali apenas para si mesma ver e no máximo Lennart, não esperava trazer qualquer um ali dentro. Ainda que sua função naquele lugar precisasse ser mascarada com amigos feitos em cima da hora, apenas para manter as aparências, Nym não era a pessoa mais sociável do mundo. Ainda assim, aqueles que poderiam entrar em seus aposentos privados não entenderiam o recado.
Era o que ela esperava. Mas Nym estava enganada com relação àquilo.
- Os sonhos que tenho serão realizados. Qualquer outra coisa além disso, não tem nível de relevância suficiente para ser chamado "sonho". - ela capturou novamente aquele sorriso destoante que o homem mostrava. Houve um ligeiro espelhar, tão curto e rápido que muito mal poderia ser notado. E no segundo depois Beyond não segurava os cabelos dela mais. A jovem garota inclinou a cabeça para um dos lados, quase que totalmente no escuro agora e entreabriu os lábios, pronta a fazer alguma outra pergunta, mas pensou melhor. - Nesse caso, considere feito, se for necessário chegar a isso.
Ainda com essas duvidas na cabeça, Nym viu-o se afastar e deixar o quarto e suspirou pesadamente. O pirulito já havia praticamente chegado ao fim sem que percebesse sua presença, ela tirou o palitinho da boca e atingiu com ele uma lixeira próxima de suas pernas. Colocando-se de pé novamente, a jovem caminhou até a porta para trancá-la novamente e olhou mais uma vez para o relógio. Ela perdera tempo precioso de sono. Jogou-se na cama novamente, enfurnando-se de baixo das cobertas. Não podia dizer que aquilo valera totalmente a pena ou não. Ela sabia que B seria um problema e uma solução ao mesmo tempo. E ainda não estava com cabeça para pensar qual lado pesaria mais no final das contas. Mesmo assim, quando seus olhos fecharam-se, Nym não teve nem sombra de sonhos bons... ou sequer de descanso.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Ter Out 24, 2017 10:22 pm
Deveria fazer apenas alguns poucos dias desde a visita do Cão dos Darkness à Princesa Lindberg. Ali, naquele quarto, naquele mesmo território escolar, eles conversaram sobre assuntos que englobavam aquela cidade inteira - ou o submundo desta -, sobre coisas que a grande maioria dos alunos dali sequer podiam imaginar em seus sonhos mais criativos. E o acordo entre eles, entre Darkness e Lindbergs, entre Beyond e Nymeria, estava selado desde então.
Aquela noite era particularmente incomum. Apesar de ser relativamente cedo, o dormitório estava quase vazio. Diziam que uma festa estava acontecendo na ala da piscina de Blackwell e, de fato, existiam cartazes para comprovar isso. Eles estavam espalhados por toda a escola, algo como "CLUB VORTEX PARTY" estampado juntamente com a data da tal festa, que marcava justamente aquele mesmo dia no calendário. Enquanto a maioria das meninas do dormitório estavam fora fazendo cabelo e maquiagem para a festa mais tarde ou qualquer coisa do tipo, a porta do quarto de Nymeria Lindberg foi aberta num solavanco estrondoso. Três pessoas invadiram o recinto sem qualquer cerimônia. O primeiro era um homem trajando vestes quase militares. Vestia um sobretudo grosso, que cobria-lhe o corpo inteiro, inclusive uma gola alta e redonda tampava-lhe o pescoço e o queixo. Um boné com o símbolo da Darkness, o olho de Hermes, abafava seus cabelos, que eram de um loiro quase platinado. Ele tinha olhos azuis e calçava coturnos cheios de fivelas. Um cinturão abarrotado de armas em sua cintura fazia com que sua figura se tornasse ainda mais pesada de se ver.
General:
O outro homem era um tanto mais despojado. Ele se vestia quase como um cowboy do velho oeste. Além do típico chapéu, tinha um casaco bege fechado no dorso e um cachecol vermelho no pescoço. Seus cabelos eram longos e cor de mel, penteados numa trança cumprida em suas costas. Ele usava um tapa-olho no lado esquerdo do rosto. No direito, seu olho era verde. Ele tinha um band-aid por cima do nariz e um cigarro no canto da boca, a qual formava um sorrisinho disposto.
Bernardo:
E, no meio deles, um pouco à frente, estava uma garotinha baixinha, trajando uma roupa provocativa: um vestido apertado e curtíssimo, branco e de seda, com um decote exagerado exaltando os seios bem desenvolvidos, juntamente com meias de renda vermelha que iam até a metade das coxas e eram presas com uma cinta-linga com lacinhos. Ela calçava botas de couro carmesim que iam até acima dos joelhos, com uma plataforma grande que a deixavam mais alta do que realmente era. Seus cabelos eram longos e negros, com uma franja encorpada e reta sobre a testa. Uma boina felpuda estava sobre sua cabeça e combinava com o vestido que usava. Seus olhos possuíam íris extremamente vermelhas, embora aquele tom parecesse um tanto artificial.
Alessa:
- Ha. Ha. Ha!- fez a tal menina, provocando um esgar em seguida. Parecia estar com nojo do lugar em que estava.- Quer dizer que este é o novo covil da ratinha...
Nymeria Lindberg Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Qui Out 26, 2017 11:26 pm
(Ai, já começou com a ignorância q Vem cá, tu gooooooosta de matar a Alessa né? q)
Se havia uma coisa a ser dita sobre Nymeria Lindberg, é que aquela menina não era uma tola. E ela tinha uma boa dose de preservação. Quando Beyond dera-lhe carta branca para matar Alessa Darkness caso ela saísse da linha e passasse do limite, Nym vira aquilo como um aviso de algo que chegaria muito próximo de si. Outra coisa a se dizer sobre a Herdeira dos Lindbergs: Aquela era a Garota dos Contatos. Ela conseguia informações que até deus duvidaria. Embora nem todas fossem super detalhadas, não precisava ser um gênio para imaginar a razão de Alessa ter deixado sua sede sem dar explicações para onde iria.
Ahn, era tão óbvio que chegava a causar alergia. E se havia uma pessoa capaz de irritar Nym mais do que Beyond e mais do que Lennart (de uma forma nada amigável, quase no nível que seu pai costumava deixá-la enfurecida) essa pessoa era Alessa. Talvez não fosse surpresa nenhuma o fato daquele quarto estar totalmente vazio, com exceção do que parecia ser um computador. Assim que passassem pela porta, uma intrincada armadilha seria ativada, de maneira que balas crivariam os invasores, caso estes não fossem perceptivos e rápidos o bastante para desviar delas.
Assim que a poeira baixasse, aqueles que sobreviveram a pequena brincadeira (talvez nenhum, talvez todos) veriam o monitor do computador sofrer certa interferência, antes que um familiar rosto albino com olhos desiguais sorrisse de maneira convencida para eles.
- Procurando por mim? Bem que seu animalzinho de estimação mencionou algo sobre você querer fazer alguma bobagem. Creio que Beyond a conhecesse espetacularmente bem, uma pena que não pode dizer o mesmo sobre mim.
Era claro que aquilo era uma transmissão ao vivo, então Nym não poderia estar muito longe... o problema seria calcular a distância em que ela se encontrava do quarto que fora arrombado. Poderia ser no limite do sinal ou irritantemente próxima. Além disso, era de se esperar que Alessa soubesse sobre Lennart. E que o mesmo estaria com Nymeria, independente de onde esta se escondia.
Beyond Darkness Estudante
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Assunto: Re: Recanto da Nymeria Sex Out 27, 2017 1:09 am
(A Alessa só nasceu pra irritar os outros até morrer UAHSUAHSAUHS Mas daquela outra vez foi muito fácil... vou consertar isso nessa )
Beyond não estava brincando ao insinuar que Alessa Darkness era no mínimo uma suicida. Fosse por puro sadismo ou burrice bruta, ele deveria saber que, no fim, se ela fosse realmente morta, era culpa única e exclusivamente dela. E, bem, para dizer que não tinha alguma honra pela menina(afinal ele pediu que Nymeria Lindberg matasse a chefe, sua dona, e isso no mínimo acaba com qualquer sinônimo de respeito que um cão deveria ter por seu dono) ele preferia que ela morresse por ser sádica demais e se meter onde não devia. No entanto, ela teria morrido de burrice, ali, naquele exato momento. Alessa teimara para sair sozinha. Aparentemente, a chefe dos Darkness tinha mais alguém além de B que percebia o quanto ela era auto-destrutiva e, por isso, seus guarda-costas também teimaram em acompanhá-la. Insistir contra Alessa Darkness soava como o inferno na terra, mas eles, bem, estavam acostumados com isso. Sabe-se lá onde e o que estava fazendo, mas Beyond não residia durante o surto psicótico da garota a princípio. Ele não vira o quanto ela esperneara e quebrara cômodos inteiros da enorme mansão dos Darkness ao saber que, de repente, tinha uma dívida e uma parceria a ser mantida com os Lindberg. E Alessa também jamais chamaria seu principal guarda costas ou diria qualquer coisa a ele. Estava com muita raiva dele. Odiosa. Depois do bilhete deixado sobre sua mesa, um simples "Nymeria Lindberg está em Windfall e eu estou com ela (:", Alessa nem podia imaginar quando ia querer olhar para a cara de Beyond de novo. "O MEU B?!"- ela exclamou a princípio."Os Lindberg?!"- a este momento ela já tinha derrubado todo o vinho que trazia numa taça.-"...Nymeria Lindberg....?" - seus dentes até doeram ao pronunciar aquele nome. Alessa odiava a menina de olhos desiguais mais do que podia odiar qualquer um na face do planeta. Além da competitividade, era quase estampado que o interesse particular de B na garota era o motivo principal disso. Ela sentia ciúmes de Nym. Histeria adolescente. Pra variar.
- Puta que pa-...- não houve tempo para nada.
Alessa piscou os olhos, sem reação diante da morte eminente. E, no segundo seguinte, ainda estava viva.
- Eh?! - ela notou que Bernardo a segurava. Ambos estavam sobre o chão do quarto. Ele se jogara sobre a garota no milésimo de tempo que percebera a armadilha. Ele a percebeu quando General puxou suas armas dos coldres do largo cinturão.
O homem misterioso de roupas pesadas se mantinha de pé, com duas IWI UZI plugadas a silenciadores. Elas esfumaçavam, mas seu manipulador estava... simplesmente intacto. Ele havia percebido a armadilha um segundo e meio antes dela ser disparada. E foi tudo o que ele precisou. Não era segredo para ninguém que os guarda-costas da família Darkness eram coisas de outro nível. E coisas porque, diga-se de passagem, eram verdadeiras máquinas mortíferas. Alessa não precisava mais do quê dois deles assim como não precisava mais do quê simplesmente Beyond. Era bizarro sequer imaginar a habilidade que aqueles homens possuíam. Era mais bizarro ainda saber que B colocava ainda mais moral em cima deles. Céus, que tipo de monstros aquela família guardava?
No segundo anterior, apenas o assovio baixo e contido dos silenciadores de ambas as pequenas metralhadoras foi ouvido juntamente aos disparos da armadilha. E, agora, tudo o que era ouvido era a munição indo ao chão, o barulho metálico e solitário. O show deveria ter sido assistido apenas por ele... e Nymeria Lindberg, que estava atenta pelo computador. Os projéteis se acertaram no ar como se estivesse interligados. Se auto-destruíram, se desmanchando até que o calor e o impacto mesclasse o metal de uma bala com a outra e a velocidade de impulso fosse reduzida à zero. Eles caíram, estragados.
General havia feito nada mais nada menos que inutilizar 97% da armadilha mortal e repentina. Bem, os outros 3% ficaram por conta de Bernardo e seu colete à prova de balas de última geração. Seu casaco tinha três furos grandes, mas nada de sangue. Consequentemente, Alessa só estava no chão, mais saudável do quê nunca.
- Aaaai... essas porras doem como agulhas.- Bernardo grunhiu e lançou um olhar a General. Até mesmo o caolho se surpreendia com aquele do uniforme.- Eu disse que a gente devia ter verificado tudo antes de vir, mas não, tinha que ser de repente, né?! Eu falei que, se era a Lindberg, a gente devia esperar... mulheres, hmpf...!
- Agradeça por ser como agulhas e não como balas mesmo.- a voz de General saiu abafada, rígida como sempre. Sua pose ainda era de extrema defesa. Seus olhos azuis brilhavam de maneira estranha, ardentes. Ele estava atento a tudo.
- Ora sua...- Alessa rosnou, se pondo de pé num salto, e o mesmo fez Bernardo, puxando sua própria arma Garrucha desta vez.- Eu não preciso conhecer você pra saber a megera nojenta que é! Está felizinha usurpando o meu cachorro?! Eu preferia torcer pra esse tal de Shadow do quê pra você... apareça pessoalmente! Ou está ocupadinha demais se escondendo com seu vira-lata? Hey, Lennart, se você montou isso, saiba que foi muito pouco! Pulguento inútil!- ela mostrou o dedo do meio para a tela do computador naquele momento.- Você não sabe o quanto B me conhece ou quanto eu o conheço... eu vim aqui exigir que você pare com essa palhaçada e recuse qualquer ajuda dele!
Lennart Estudante
Mensagens : 304 Data de inscrição : 25/09/2017 Idade : 24 Localização : Windfall City
Assunto: Re: Recanto da Nymeria Sex Out 27, 2017 2:27 pm
Lennart estava sentado em uma simples cadeira de madeira, ele até mesmo estaria fumando naquele momento porém decidira ver como Alessa e seus guarda-costas lidariam com seu singelo comitê de boas vindas. Decidira não usar balas de alto calibre, achando que isso acabaria com a graça muito cedo, portanto botara para uso algumas balas de 9mm por mais que seu arsenal vasto lhe permitisse algo um pouco mais letal do que a munição que normalmente usava para algumas de suas pistolas, por mais que tivesse preferência por outros tipos de calibres e armas.
Em seu colo encontrava-se Taran Tactical TR-1 devidamente modificada para os gostos pessoais do assassino, incluindo uma mira acoplada na parte de cima, uma coronha para que o recuo da arma fosse reduzido a fim de melhorar sua precisão e um silenciador, pois nas palavras de Lennart '' Não queremos acordar a vizinhança ''. Tudo aquilo estava ali apenas para o caso daquele grupo encontrar o local onde Nymeria e Lennart estavam. Próximo dele havia uma caixa de munições, para o seu fuzil e sua pistola Sig Sauer P320 silenciada, que estava atualmente guardada em seu coldre.
- Você ouviu isso senhorita? - Perguntou Lennart, com um pequeno sorriso em seu rosto - Acho que ela gosta de mim.