Quarto do Maxwell

- Me beija - Havia tanta coisa que amava em Edrik que não conseguia por em palavras. O jeito dele, a voz, os cabelos, o modo como falava com ela. Tantas coisas que não cabia em uma lista. Natasha nunca fora uma pessoa romântica, não faria constantes declarações de amor para ele. Porém, sabia que Edrik era capaz de notar o quanto ela amava ele e como isso transparecia em pequenas ações dela.

Natasha guardaria aquele momento em sua cabeça para o resto de sua vida. Havia sido tudo o que sonhara da primeira vez deles e ainda mais. Claro, a localização e o meio para que os dois começassem a transar não fora algo que ela conseguira adivinhar, porém o prazer que sentira superava qualquer coisa que ela pudesse imaginar. Quanto mais ele entrava e saia, mais prazer ela sentia. As costas dele tinham diversas linhas vermelhas, traçadas pelas unhas da garota. Cada canto do tórax dele havia registrado o toque dela, os glúteos dele haviam sido apertados diversas vezes. E tudo aquilo ainda não era o suficiente.

- E eu sou sua - Ela gemeu longamente, tanto pelo fato de estar tendo um orgasmo, como pela sensação de ter Edrik preenchendo-a. Aquilo tinha tudo para dar merda. Ela não podia ter um filho, não estando no Inverno Soviético. E principalmente não com Edrik. Vlad a mataria sem nem pensar duas vezes. Mas ela não tinha tempo para se preocupar com aquilo, só queria repetir a dose. Sentada no colo dele, as pernas dela permaneciam entrelaçadas atrás dele, assim como seus braços circundavam o pescoço dele, beijando-o enlouquecidamente - Merda, você é um gostoso do caralho.

Obviamente, onde Edrik se pronunciava com classe, Natasha gritava com sua falta de classe. A garota possuía uma preferência por elogios através de palavrões. Porém, como o rapaz a conhecia bem, deveria saber que aquilo era um enorme elogio da parte dele. Ela raramente elogiava uma pessoa, mas quando elogiava com um palavrão junto, era sinal de sua sinceridade e do quão certa estava sobre o seu elogio.

- Vamos, vamos sim... Só, espera um pouquinho, foi o meu primeiro... - Ela encostou sua cabeça no ombro de Edrik, não por vergonha, mas sim porque estava tentando recuperar sua respiração. Edrik notaria pela palavra que ficara no ar, que aquele fora o primeiro orgasmo de Natasha.

- Gentileza é o meu forte - Gentileza não era o forte de Natasha. Ela era rude, brutal e completamente acelerada. Isso Edrik sabia desde que conhecera ela, mas agora sentira esses três fatos em um nível mais íntimo. Os dois eram como um belo contraste, apesar de destoarem muito um do outro, juntos eles formavam um belo espetáculo.

Ela ainda estava tentando recuperar sua respiração quando Edrik falou aquilo e ela acabou por jogar a culpa da vermelhidão que assolava seu rosto no fato de ainda estar recuperando-se do sexo intenso que tiveram. Mas não, ela estava um pouco envergonhada e muito feliz por dentro. Ela não tinha como controlar quando teria ou não um orgasmo, mas saber que fora Edrik que causara o seu primeiro era algo que lhe trazia uma felicidade enorme. E lá se ia mais um dos diversos itens que haviam na lista de Natasha.

- Huuumm, pode ser. Só não vai bater que o carro não é meu - Ela pegara aquele carro emprestado na pressa de ir até Edrik e agora que se lembrava de quem era, uma pequena gota de preocupação escorria de sua testa. Natasha era a mais sádica das sádicas, porém até ela sabia que tinha que tomar cuidado perto de Leah Berg - Antes da gente ir, eu só queria perguntar uma coisa... Como você faz? Só pra eu me preparar, se não acabo perdendo o controle - Ela mal terminou de falar isso e estalou seus dedos - Já sei! É todo lento não é? Sensual?

E Edrik viu nos lábios dela um sorriso. O sorriso. Um que ele já vira diversas vezes. Toda vez que Natasha via a oportunidade de zoar alguém por qualquer coisa que fosse, ela sorria com uma felicidade pura, como se tivesse acabado de ganhar na loteria. Era algo que denotava muito o que estava por vir e algo que ajudava Edrik a se preparar para o que ela ia dizer.

- Eu devo fazer um strip-tease pra você? Daqueles beeeeem lentos? Quer que eu use umas luvas de latex, pra ficar passando as mãos por você? - O tom dela era um de alegria e muita brincadeira e logo mudou para um tom completamente exacerbado de zombaria - Já sei, quer que eu fique sussurrando no seu ouvido que nem as outras? Oh, isso Edrik, você é tão bom nisso, Edrik! Você é tão grande, Edrik! Eu acho que vou gozar, Edrik!

- É da Leah

Uma notícia levemente preocupante, uma vez que Leah não gostaria de saber que os dois foderam no carro dela. Bom, Natasha iria se virar para tentar acalmar ela, quem sabe explicar a situação ajudasse. Não que Leah fosse uma apegada por romance ou amor, ela era bem mais solta nesse sentido, porém até mesmo ela teria que entender que todos aqueles anos de amor em silêncio tinham que ser saciados, apenas ocorreu de que o carro dela foi o local onde isso aconteceu.

Ela esperava o beijo, sabia que aquele seria o novo método favorito de Edrik para silenciá-la. E entregou-se completamente para ele, seus braços passando novamente pelo corpo dele, conforme ela eliminava a pouca distância que existia entre os dois. O recomeço do ato foi algo inesperado, ela pensara que Edrik ao menos aguardaria até o quarto, mas foi uma surpresa bem vinda. E uma que ela aceitaria nas diversas vezes que estavam por vir.

- Eu gosto de como isso soa, Ah! - Mais uma estocada e ela abriu aquele sorriso novamente, que poderia ser confundido como um sorriso sedutor, mas os olhos deixavam claros que ela estava completamente seduzida naquele momento. Seu quadril começou a mover-se, começando um rebolado, conforme os olhos dela não deixavam Edrik - Você gosta mesmo dos meus peitos...

Mais uma estocada e mais um baixo gemido, olhando pela janela ela podia ver, no final da rua, que alguém havia passado por ali, já estando em uma das esquinas. Não tinha como ver se era homem ou mulher na distância, nem como saber se tinha chamado a polícia, mas certamente escutara o que acontecia dentro do carro. Bom, eles já estavam saindo dali, então não teria como serem pegos. A não ser que continuassem o que estavam fazendo ali mesmo, então seriam pegos se a polícia viesse.

- Eu posso fazer um para você, só não vai poder tocar em mim... no começo - Natasha sabia que não ia resistir caso Edrik a puxasse no meio do strip - Vamos, você disse que ia dirigir. Vamos se vestir logo. Quero virar seu apartamento de cabeça para baixo.