A lanchonete/restaurante mais popular da cidade e da região, sempre cheio com diversas opções á preços acessíveis a qualquer bolso. A garçonete sempre estava por lá, pelo menos quando o restaurante estiver aberto.
Em pouco tempo elas chegaram com o trailer no estacionamento da lanchonete. Chloe estacionava o veículo com maestria, já tinha parado tantas vezes naquele estacionamento que conseguia colocar aquele trambolho em todas as vagas dali de olhos fechados. Quando o veículo já estava devidamente estacionado ela tirou a chave da ignição e se levantou e praticamente levantava Melissa junto consigo. Com suas duas mãos nos ombros da garota Chloe a guiava para fora, toda aquela pressa era justificada pelo roncar do estomago de Chloe e pelo delicioso cheiro de café, bacon e ovos que vinham das janelas da lanchonete.
—Eu também preciso comer alguma coisa antes que eu fique mal humorada e estressada, como você.
Ela riu e trancou a porta do trailer. Fez questão de mostrar tudo aquilo á amiga que tanto falava pra trancar aquela bendita porta. O movimentar de sobrancelhas de Chloe para a garota soava como um "satisfeita Melissa"? Por fim as duas adentraram a lanchonete com aquele ambiente todo descolado e retrô e sentaram-se na ultima mesa e ficaram á espera da garçonete.
—Fazia um tempinho que eu não vim aqui, não como aqui desde ontem! Isso é muito tempo, uau.
Melissa Carter Estudante
Mensagens : 671 Data de inscrição : 23/07/2017 Idade : 23 Localização : Aqui, Idiota...
- Eu estou te falando, se quiser eu faço uma revisão no seu trailer de graça. Nunca mexi num trailer antes. Vamos, deixe-me tentar mais tarde.
☬ Aparentemente, a raiva havia virado empolgação enquanto Melissa perturbava Chloe para poder abrir o local de trabalho da mesma e fazer o seu trabalho. Não era para menos, afinal um dos poucos prazeres que Mel tinha além de fumar e colocar fogo em coisas era mexer em carros e afins. E ninguém podia negar que ela realmente levava jeito para a coisa. Provavelmente, juntaria toda a grana que poderia conseguir com futuros empregos para gastar em uma oficina. ☬
- Meu humor nunca foi relacionado a comida, querida. Ou então eu viveria de pimenta e limão.
☬ Ao ser empurrada para fora do meio de transporte sua expressão fechou-se mais uma vez - salvo uma risada com relação ao ronco no estômago de Chloe - e ela estapeou levemente o braço da mesma por causa daquele olhar insinuante. Ao entrar na lanchonete, Melissa ficou em silêncio, apenas voltando a falar quando recostou-se em sua mesa com a moça de cabelos azuis e apoiou o cotovelo na mesma para segurar o próprio rosto. ☬
- Assim parece que toda refeição que você faz é aqui... não, pera. É praticamente isso mesmo.
—Mexer no meu trailer? Bom, eu só preciso de um aparelho de som novo, e talvez de uma revisão... Sabe, eu nunca duvidei de você, mas você é mesmo boa com isso? Digo, você me conhece, e o trailer é literalmente meu local de trabalho... Ah eu vou direto ao ponto, em quanto tempo você consegue fazer isso?
Ela tateava a mesa com os dedos ritmadamente enquanto pensava, as vezes olhava a janela e via os carros passarem, no final ela parecia um pouco preocupada com algumas coisas. Estava tão dispersa naquele momento que acabou se lembrando do que Melissa havia dito sobre seu humor momentos atrás.
—Caham, então você só pimenta e limão? - Ela disse séria, parecia que não tinha entendido inicialmente a piada, mas acabou não segurando o riso momentos depois. - Okay, okay, mas até que faria sentido se você só comesse essas coisas.
Quando Chloe abria a boca para responder o comentário em relação as refeições que sempre fazia na lanchonete ela foi cortada pela garçonete que aparecia repentinamente ao lado da mesa. Ela tinha mais ou menos a mesma altura que a garota de cabelos azuis, feições similares e uma voz que se assemelhava com a dela. Joyce, a garçonete do local, vestia o uniforme da lanchonete/restaurante que carregava duas baleias estampadas no lado direito do peito, salto alto e um avental azul que só cobria sua saia, aquilo na verdade era mais estético do que útil no fim das contas.
—É "praticamente" não! Ela literalmente come aqui todo dia... Aí aí, na minha época minha mãe não dava as coisas tão fáceis, acabei mimando demais essa daqui.
Ela deu um risinho enjoado que fez com que Chloe corasse de vergonha instantaneamente se afundando discretamente no banco acolchoado.
—O que vão querer garotas?
Nathan Prescott Estudante
Mensagens : 104 Data de inscrição : 24/07/2017 Localização : Windfall City
Talvez nenhuma das duas garotas tivesse reparado, mas logo ali, mais precisamente uma mesa depois delas, Nathan estava sentado no estofado, sozinho. Ele também não parecia tê-las notado a princípio, afinal, sua cabeça estava baixa e ele parecia pensativo - era uma forma de dizer já que não se sabia se ele parecia mais deprimido ou mais puto da vida. Passava as mãos apressadamente pelo rosto, segurando a ponte do nariz por um segundo, respirando e inspirando profundamente. Em sua mesa, nada mais que uma soda e sua câmera digital monocromática capaz de dar inveja a qualquer um que soubesse o quanto aquilo valia no mercado. Parecia entretido(ou afogado) num mar de pensamentos até ouvir aquelas vozes femininas e a movimentação naquela mesa recém ocupada. Ele podia dizer que, além da voz da garçonete, uma outra lhe soava familiar, e ergueu o rosto para confirmar, lançando um olhar estreito para a garota de cabelos azuis que ela poderia facilmente perceber se olhasse por cima dos ombros de Melissa. Logo ele constatou. É, era Chloe. O modo como ele a encarou a seguir era sinal de encrenca...
Quando Chloe se afundou na cadeira ela pôde ver Nathan, e ele estava à encarando com uma cara nada amigável. Internamente ela queria levantar e esmurrar a cara do garoto rico até que ele ficasse parecendo com o Patrick Estrela, mas se contentou em apenas ficar imaginando isso por alguns segundos. A garota de cabelos coloridos respirou fundo e abriu um sorrido forçado nada natural, ela acenou ao Prescott e se endireitou na mesa, de forma que as costas de Melissa criassem uma barreira visual entre os dois. Por fim ela olhou a garçonete e á encarou, no mesmo instante a mulher respondeu com um outro olhar, aparentemente os laços de mãe e filha eram o suficiente para que criassem uma linguagem complexa de olhares entre si.
—Okay, o mesmo de sempre pra vocês duas, eu já trago.
Ela anotou algumas coisas em um bloquinho de notas com a caneta que estava no bolso do avental e despreocupadamente ela foi andando em direção da cozinha, mas antes ela parou por um instante em frente a jukebox apertando alguns botões e então uma música começava a tocar de fundo.
Alt-J Something Good:
Ela chegou um pouco pra frente e como estava completamente tapada por Melissa se sentia mais confortável em voltar a falar. A música ambiente e o jeito como sussurrava impossibilitavam que o rapaz escutasse as próximas falas de Chloe.
—Jeez, não olhe agora mas tem um babacão atrás de você... porém ele é meu melhor cliente, acho que ele tá puto comigo por algum "motivo"... Argh, as vezes eu odeio meu emprego.
[Desculpa pular seu post, é só pra você não ficar perdida aqui no meio x)]
Melissa Carter Estudante
Mensagens : 671 Data de inscrição : 23/07/2017 Idade : 23 Localização : Aqui, Idiota...
- Confie em mim, Chloe, posso ser um problema ambulante mas de carros e afins eu entendo. - Melissa fez uma careta, depois contou mentalmente e mostrou um dos dedos para a menina de cabelos coloridos. - Um dia, no máximo. E ele estará quase como novo!
Melissa Carter cruzou os braços demonstrando óbvia satisfação quanto ao seu próprio lazer/futuro meio de sustento. Ela estalou a lingua e cruzou as pernas, as ideias dispersando para coisas que levavam muito limão e mais pimenta ainda. Estranhamente sua personalidade combinava realmente com seus dois temperos favoritos.
- E você certamente só não tem cara de fastfood por alguma ironia do destino, é claro.
Mel ergueu uma das mãos para dar um alo a Joyce, endireitando-se na mesa e inclinando um pouco a cabeça para um dos lados, seus cabelos negros acompanhando o movimento como uma cachoeira de águas escuras.
- E aê, tia! - ela deixou uma risada maliciosa escapar ao ver Chloe envergonhada e tentando enfiar a cabeça num buraco, sem sucesso algum, afinal não haviam buracos grandes o bastante para escondê-la no local. - No fim das contas ela vai ficar tão viciada em lanche que vai trabalhar aqui para conseguir desconto, estou sempre dizendo.
Ela obviamente não tinha vido Nathan. Quando estava prestes a dizer o que queria, viu o olhar entre mãe e filha e deu de ombros. O mesmo de sempre parecia-lhe muito bom. Mel só voltou ao falar quando a música aumentou a volta delas e Chloe falou-lhe sobre o rapaz. Seu instinto sempre fazia com que vira-se o rosto todo em uma certa direção quando lhe falavam "Não olhe agora", mas como era uma frase vinda da garota, limitou-se a observar o rapaz de esguelha por meio de seus cabelos, uma olhada rápida que não forçou-a a virar muito o pescoço.
- Quer que eu queime os documentos dele? Juro que ninguém além de nós duas vai ficar sabendo... - Melissa dedilhou sobre a mesinha e suspirou. - O que foi que você arrumou desta vez? Seja sincera.
Nathan Prescott Estudante
Mensagens : 104 Data de inscrição : 24/07/2017 Localização : Windfall City
A imaginação dos dois estava quase conectada - eles sentiam sensações parecidas e igualmente nem um pouco agradáveis quando os olhares se cruzaram, uma vez que Nathan imaginou esburacá-la até que ela ficasse como era o Bob Esponja. Ele não percebeu o olhar de Melissa, de fato, embora estivesse certamente curioso sobre a morena. De tal forma seguiu o presságio quando ele esperou a garçonete se afastar e se levantou logo depois, levando sua câmera consigo, a pondo no pescoço pela correia, se aproximando da mesa ocupada pelas duas garotas até se pôr diante delas. O garoto tinha cabelos castanho alourados e trajava uma jaqueta azul de tecido por cima de uma blusa e colete sociais, jeans escuros e um sapato que combinava com a jaqueta - um outfit que deveria valer tanto quanto o equipamento fotográfico que ele tinha em mãos.
- Olha só se não é o Heisenberg de Blackwell e sua...- suas íris azuis focaram-se em Melissa especificamente.- Namorada. Prontas para um café da manhã na casa da mamãe, huh?
Por mencionar isso, ele lembrou-se de Joyce, e deu uma olhada por cima do ombro para ver se ela estava próxima. Ao constatar que não, afinal tinha ido preparar o lanche pedido pelas clientes, o garoto se voltou novamente às duas. Na verdade, seu olhar se focou somente em Chloe.
- Ok, punk-ass, eu ia mesmo atrás de você. Lembra da última encomenda? Eu paguei por bem mais do que aquilo. Você me deve erva. E eu preciso agora. E eu aposto que você está com aquele seu laboratório ambulante lá fora. - pelo visto, ele não se preocupava em maneirar o tom de voz nem para tratar daquele tipo de assunto, a sorte foi a música do local que por si só abafou as palavras dele para o restante das pessoas concentradas na própria comida e entretidas pelo ambiente agradável.
—Um dia? Uau, você realmente consegue fazer uma certa mágica quando se trata de veículos, como prova de minha gratidão eu pagarei sua refeição de hoje.
Ela abriu um sorriso como uma raposa para a garota, afinal Melissa mesmo já sabia que não ia ter que pagar pela refeição. Joyce sempre acolheu as poucas amizades de Chloe, ela nunca cobraria de nenhuma delas, era como se fosse um sinal de gratidão por acolherem a filha problemática. Chloe deitou a cabeça sobre seus braços que estavam apoiados na mesa e arqueou a sobrancelha quando Melissa falava sobre seu amor pelas famosas junkfoods.
—Querida, não sou eu quem pede um lanche com batatas fritas e tudo logo de manhã e outra, você sabe que a comida da minha mãe é a melhor da cidade.
Ela soltou um risinho e bateu a ponta das unhas ritmadamente algumas vezes acompanhando a música e eventualmente as dedilhadas de Melissa.
—Olha... até que não seria má ideia, mas como eu disse, esse babaquinha é meu melhor cliente, eu realmente preciso do dinheiro dele... pelo menos por enquanto. - Ela soltou um longo e demorado suspiro. - O que eu fiz dessa vez? Eu sei lá, você me conhece, as vezes eu faço cagadas sem saber... Mas acho que vamos saber já já... ele tá vindo.
Como estava de frente para Nathan ela conseguiu ver ele se levantando pelos ombros de Melissa. Ela acompanhou todos os passos do rapaz com o olhar, apesar de por fora estar aparentemente tranquila por dentro ela estava o fuzilando com uma metralhadora ou algo do tipo, ele conseguia sentir isso caso olhasse nos olhos dela naquele momento. Quando ele finalmente chegou e ficou parado ao lado da mesa, instintivamente Chloe pulou um pouco para o lado, encostou as costas na parede da janela e colou os pés sobre o lugar em que estava antes, cobrindo completamente o assento que acomodavam três pessoas tranquilamente. Isso tudo para impedir que o rapaz sentasse do seu lado, embora duvidasse muito que ele fosse fazer isso.
—Tá com inveja? Sinto muito se o rich boy não consegue sair com garotas bonitas, talvez eu devesse te dar umas dicas?
Ofensas e muito sarcasmo, era esse o jeito como eles sempre se tratavam desde que se conheceram, ambos sabiam que eles se usavam e infelizmente um precisava do outro, Chloe precisava do dinheiro de Nathan, e ele das drogas dela. A relação dos dois seria deverás mais fácil se o gênio deles não fosse tão forte, aliás, talvez essa fosse a única coisa que eles tinham em comum.
Quando ela escutou que devia drogas ela fechou os olhos fazendo uma expressão de arrependimento. Claro, ela nunca se arrependeria de ter mandado drogas a menos, mas sim por ter vacilado tanto à ponto de ser descoberta.
"Que vacilo Chloe, eu não deveria ter tirado tanto daquele pacote..."
—Caham, foi um simples engano meu, quem nunca errou na vida não é mesmo? - Soltou um suspirinho enquanto se espreguiçava. - Vejamos, pode ser mesmo que eu tenha enviado um pouco menos do que deveria, mas porque você precisa disso agora mesmo? Não tá meio cedo pra ficar very high? E outra, o meu "laboratório ambulante" está sem estoque no momento, eu tenho muitos clientes por aqui.
Periodicamente ela checava os arredores para ver se não tinha ninguém próximo demais para escutar toda aquela conversa pseudo-burocrática.
Última edição por Chloe Price em Ter Jul 25, 2017 10:37 pm, editado 2 vez(es)
Melissa Carter Estudante
Mensagens : 671 Data de inscrição : 23/07/2017 Idade : 23 Localização : Aqui, Idiota...
(Nasceremos, morreremos e nasceremos de novo e os personagens machos da Cla ainda vão irritar a Melissa e vice-versa -q)
- Eu sei, eu sei... sou incrível. - ela pareceu lembrar-se que, de fato, não era necessário que Chloe ou ela mesma pagassem alguma coisa, e ergueu uma das sobrancelhas para a amiga. - Esperta. Muuuuito esperta.
☬ A moça pôs-se a entrelaçar uma das suas enormes mechas negras entre um dedo e outro, enquanto pensava que precisava realmente fumar um cigarro. Lembrando-se que sua fome era mais urgente, porém, refreou o instinto. ☬
- As outras opções não são o bastante para matar minha fome, e você sabe muito bem disso. Bem, isso é verdade, a Tia Joyce manda bem mesmo na cozinha. Minha mãe adotiva queima a maior parte das coisas que param na mão dela toda vez que cozinha. Ela não conseguiria fritar um hamburguer nem que sua vida depende-se disso.
☬ Mel havia voltado seu rosto para a frente e limitava-se a bocejar com a resposta da outra. ☬
- É uma pena... não é que ele fosse usar aquelas partes para ganhar mais dinheiro, mas entendo seu ponto de vista. - ela zombou, erguendo uma sobrancelha em seguida. - Sem querer querendo, tu quer dizer, né?
☬ Melissa fechou novamente a expressão, cruzando os braços e encarando o Nathan que acabara de se aproximar da mesa delas com aquele tipico olhar feroz que fazia a maior parte dos rapazes inteligentes começarem a correr. Mas era um fato que pessoas ricas como ele dificilmente tinham esse instinto racional. ☬
- E você, pronto para gastar dinheiro num cirurgião plástico?
☬ Ela descruzou os braços, abrindo e fechando os punhos algumas vezes, causando estalos inaudíveis por conta da música que tocava. ☬
- Seguinte, seu pivete mimado, as coisas não funcionam do mesmo jeito que na sua casa, onde você estala os dedos e resolvem na hora pra você. E aqui muito menos é a sua casa para você ficar latindo como um cachorro para todo mundo ouvir. Você precisa de um biscoito ou de uma coleira pra aprender?
Nathan Prescott Estudante
Mensagens : 104 Data de inscrição : 24/07/2017 Localização : Windfall City
(O que NÃO irrita a Melissa? -q Nah, amo essa personagem :v O problema é meu mesmo, eu só faço macho fdp AKOSPAKSPKSAPKSA )
Se o olhar de Chloe o fuzilava mentalmente, na mente de Nathan eles estavam num embate mortal parecido com os de filme de faroeste e é claro que ele se via saindo vitorioso no final. Cada vez que os pares de olhos azuis de ambos se cruzavam, quase podiam-se ver faíscas ameaçadoras brilhando de um para o outro. Era difícil dizer como ele aguentava apenas olhar para ela. Talvez lembrar-se da imagem de Chloe carregando pacotes cheios de drogas ilícitas a fizessem suportável. Algo que ele tinha que passar. Bom, não era muito diferente em seu dia a dia, com outras pessoas. Nathan era facilmente uma das pessoas - se não a mais - odiada entre os estudantes da faculdade de Blackwell e era um forte candidato para a própria Windfall City inteira. Talvez fosse uma herança dos Prescott.
- Eu não preciso de você pra nada exceto pra me abastecer e ficar fora dos meus fucking assuntos, entendeu?
Ele viu que ela tomara todo o assento de propósito, e isso pareceu agravar sua irritação visivelmente, embora realmente não pensasse em se pôr ali. Notou o que Melissa falava. Ele não a conhecia, mas ao vê-la estralar os dedos daquela forma, ele sustentou-lhe um olhar idêntico ao que lançava usualmente para a garota de cabelos azuis.
- Ora, então Chloe arrumou um Chlone, heh?- ele fez o trocadilho com um cinismo quase palpável, rindo com desdém.- Você está tentando me ameaçar, feminazi? Você me parecia mais esperta, mas você anda com ela, então eu não deveria esperar muito mesmo.
Ele pigarreou, voltando-se para a traficante em seguida.
- Bom, smurf, não foi um simples engano. Foi um engano comigo.- ele disse com a maior autoridade do mundo, o que era típico se vindo dele.- "Muito cedo"? Quem você pensa que é, minha mãe? Isso são negócios, vadia. Pague e pronto. Você pode dar desculpas para qualquer um, menos pra mim.
Não era difícil perceber que aquele grupinho agitado de adolescentes estava começando a chamar atenção no local, embora os olhares ainda fossem sutis. Nathan, por sua vez, estava pouco preocupado com isso. Ele até parara de verificar se Joyce estava chegando. Sua raiva parecia escapar a cada sílaba que ele escarrava com arrogância.
- Você deve estar brincando, sem chance. Você não sabe merda nenhuma sobre mim.- dirigiu-se à Melissa, e gesticulou com a mão algo como uma boca abrindo e fechando.- Mimimi, disse a sapatão. Deixe-me te dizer uma coisa: não é sobre a minha casa. Essa cidade inteira é minha! Se eu estalar os dedos, dão cabo de você num piscar de olhos. Limparia mais uma metida a old school das ruas. E isso vale pra vocês duas!
Na verdade existia mais uma coisa que ambos tinham em comum, eles sabiam muito bem como irritar um ao outro. Uma veia pulsante podia facilmente ser vista na testa de Chloe, parecia que ela ia explodir ali mesmo, como a perfeita bomba relógio que era. Ela respirou fundo e relaxou um pouco, se surtasse ali com certeza Nathan ia surtar junto e se já era difícil de lidar com os dois estáveis imagine eles em fúria berrando entre si, pobre Melissa.
—Seus trocadilhos são tão bons como seu visual de rich baby kid, acho que seu professor de pênis, cof cof, tênis está te procurando.
Se ela tinha relaxado em tão pouco tempo ela voltava a se estressar em menos tempo ainda, Chloe não ligava muito para si mesmo, a maior parte das ofensas eram verdadeiras ou pelo menos irrelevantes para ela, porém mexer com uma pessoa que ela gostava era praticamente mexer no machucado mais íntimo dela. Aquela veia pulsante voltou a aparecer na testa da garota, ela ficou tão estressada que até tirou sua touca por alguns segundos, quis desabafar um pouco a cabeça.
—Ela é bem mais esperta que você, primeiro que ela não tem probleminhas mentais e não precisa dos medicamentos de um "smurf". - Ela fez a questão de enfatizar aquilo fazendo o sinal de aspas com os dedos, e depois virou para Melissa com um sorrisinho de canto. - E é óbvio que ela não é meu "Chlone", eu sou mais divertida que ela. - Ela deu uma piscadinha a amiga seguida de um risinho, a ocasião acabou maquiando o verdadeiro motivo do riso. Ela jamais admitiria, mas na verdade aquele trocadilho de Nathan era muito bom. - Ah e Nathan, vou te entregar aqui o que te devo logo, lembrei que estava comigo nos meus bolsos.
Ela começou a revirar os bolsos da calça e quando finalmente achou ter encontrado algo neles. Sem pressa ela tirou as duas mãos cerradas e estendeu ambos os dedos médios ao rapaz.
—Oh que pena, você vai ter que esperar que nem todos meus outros cliente, ou ter que comprar pela internet e ter seu pacote vistoriado pelo... - Sua expressão se transformava em um misto de nojo e medo naquele momento. - Stan.
Um riso de deboche e alivio escapava dos lábios da garota, ela sabia que ele iria continuar comprando com ele e Nathan sabia do quanto Chloe precisava de dinheiro, aqueles atritos sempre aconteciam, porém estavam piorando cada vez mais.
—Relaxa okay, quando eu estiver com o estoque de volta eu te envio pessoalmente, aliás, aquela sua outra encomenda deve chegar em breve, você anda encomendando umas paradas bem bizarras... dá pra botar um elefante pra dormir com aquele treco, enfim, eu sou só a vendedora não é mesmo?
Quando finalmente parou de tagarelar Chloe virou-se para Melissa e lançou um olhar pra ela, aquele olhar podia facilmente ser traduzido como um "Não ateie fogo nele... por enquanto".
Melissa Carter Estudante
Mensagens : 671 Data de inscrição : 23/07/2017 Idade : 23 Localização : Aqui, Idiota...
(Cla e os macho FDP, uma história de amor mais bonita que Crepúsculo. -q)
☬ Se tinha uma combinação mais explosiva que aqueles três naquele lugar, ela ganhava por pouco. Já era possível ver Melissa batendo os pés incontrolavelmente, os dentes mordendo o lábio inferior e seus dedos abrindo e fechando, como se testassem o nível da força da primeira pancada. Ela praticamente atirava para o alto a tentativa de Chloe de manter a compostura no lugar, e não fazia tal coisa de propósito. ☬
- Isso vindo de um babaca que deve pagar para os estudantezinhos nerds daquela faculdade de merda para te passarem cola ou fazerem as provas por você. Quando foi que você realmente conseguiu formular um pensamento coerente, hein? A dezessete anos atrás?
☬ Ela definitivamente detestava que mexessem com ela. Pior, detestava que mexessem com as amigas dela. Isso porque essas eram tão escassas que poderiam ser a coca-cola no deserto do Saara. Sua raiva esfriou por microssegundos com a resposta de Chloe, que acidentalmente fez com que Mel começasse a gargalhar de uma forma não muito recatada. Lógico que o ódio voltou com força total quando o rapaz virou-se para ela pela última vez. Melissa levantou do banco que estava tranquilamente sentada e ficou parada de frente para Nathan, estralando os dedos e usando dos seus 1,70 - provavelmente insuficientes para chegar a altura dele - para peitá-lo. ☬
- F-o-d-a-s-e! Vamos, estale seus dedinhos, vamos ver se eles serão mais rápidos do que a minha chave inglesa quando ela voar no meio dessa sua cara de cu!
☬ Chloe pedira para ela não queimá-lo, não falou nada sobre acertá-lo com objetos voadores não identificados. ☬
Nathan Prescott Estudante
Mensagens : 104 Data de inscrição : 24/07/2017 Localização : Windfall City
(O segredo dos mlk fdp é o couro coçando pra tomar sacode seu -qqq )
Embora a relação entre eles dois(e agora três?) fosse basicamente regada a insultos e ao princípio oferta/procura, tinha de admitir que aquelas discussões e histerias adolescentes estavam começando a alcançar um novo nível de frequência e agressividade com a qual a persistência poderia cedo ou tarde resultar numa tragédia. Nathan passava tão facilmente dos próprios limites quanto ele mesmo conseguia fazer os outros ultrapassarem também, de forma que dependia dos outros envolvidos para pararem as brigas se não quisessem que elas continuassem, afinal, uma penca de comprimidos por dia e o tanto que ele misturava os efeitos destes com drogas, além de seu próprio distúrbio psiquiátrico faziam com que o Prescott fosse incapaz de controlar a si mesmo na grande maioria da vezes - o que gerava um estresse mútuo e reações nervosas por ambos os lados dignas de serem assistidas com pipoca e refrigerante. Ele sempre estava metido nesses showzinhos, a maioria das vezes como o responsável por estes.
- Coisa que você nunca viu nem vai ver, dickhead.- ele estava claramente falando sobre o "pênis" na provocação de Chloe, a qual ele viu as piscadinhas dirigidas à Melissa e seus olhos azuis reviraram nas órbitas.- Oh-ho, vocês duas quase me fazem querer vomitar. Onde está uma lâmpada fluorescente quando eu preciso dela? E você não tem direito de falar sobre problemas mentais, brah. Você é a única aqui tentando sugar cada buraco que consegue achar. Quanto tempo sua amiguinha aqui dura até você começar a cobrar caro dela também?
Avistou os movimentos dela revirando os bolsos, e ele caiu perfeitamente no conto, uma vez que ele ficou à espera apenas para receber aqueles gestos que provocaram uma sensação quase queimante em sua garganta.
- Ora sua pequena-...- ele rangeu os dentes a ponto de não conseguir completar a própria frase.- Você vai me pagar por essa, Chloe.
Querendo ou não, a maioria dos apelidos que ele inventava para a garota de touca eram recheados com um teor de humor negro explícito. Se ele a chamava pelo nome, ainda mais odioso daquela forma, significava que as coisas estavam tomando um rumo definitivamente mais sério... Porém ele parou. A raiva acumulada dele pareceu sumir como se levada por uma brisa quando ouviu aquele título. Stan. Sua família podia ser a mais rica da cidade, seu pai podia ter uma moral enorme na base do medo e da opressão, e ele poderia ter todo o privilégio que um filho rico e fora da lei tem, afrouxando todas as pontas que poderiam causar-lhe algum problema; um grande esquema de suborno para com os porcos fardados, como assim ele chamava e assim o era. Porém, Stan era... "incorruptível", e ele dava à essa palavra um péssimo sentido. Desde que aquele homem chegara no poder, tinha sido cada vez mais difícil burlar a burocracia, não porque o cumprimento das leis havia se tornado mais rigoroso, mas porque a onda de invasões e violências policiais havia aumentado, de forma que um dos maiores e crescentes problemas na vida de Nathan era justamente sobre estar ficando cada vez mais paranoico sobre isso. E as relações que ele tinha com o diretor Jefferson... não era como se ele se sentisse "protegido" por conta disso. Pelo contrário... e era melhor parar de pensar nisso naquele momento. Sua língua afiada se manteve quieta e ele só tornou a falar diante da risada dela.
- Enfim, eu me contento em ouvir isso... dessa vez. Não me faça caçar seu rabo de novo, Price, ou até Stan pode ser o menor dos seus problemas.
Quando Melissa se pôs frente a frente com Nathan, aí sim as atenções do local se desviaram especificamente para os dois. Repentinamente o clima havia esquentado de novo, e Nathan não perderia aquela chance, é claro. Ele mal a conhecia e aquela garota já estava expert em tirar-lhe do sério. Ele não deixaria aquilo passar, nem se tivesse que fazer uma cena em público - ele já estava acostumado com isso, afinal.
- Você acha que você é muito esperta, huh?! Eu não preciso de inúteis fazendo trabalho por mim, as minhas notas são uma das melhores daquela escória. Continue me estereotipando, vadia, e vai ter o que merece.- assim como ela estralava os dedos, ele ergueu um dos punhos fechados. Não era de se esperar que alguém como ele tivesse algum discernimento ético sobre agredir mulheres, principalmente quando elas eram menores do que ele - com exceção de Chloe, que era um tanto mais alta e mais velha também.
De repente, Nathan agarrou Melissa pelo pescoço, os dedos pressionando contra o rosto dela. Ele estava claramente surtado.
- Você acaba de ultrapassar minha red line. Não me pressione, garota! Você não me quer como inimigo. Você entendeu? Hein?!!
A música parava repentinamente, a maioria das pessoas viravam seus olhares aos homens que estavam próximos a jukebox, mas especificamente no que vestia um paletó beje, calças em um tom um pouco mais escuras e uma camisa branca isenta de gravata por baixo. Algumas pessoas começavam a cochichar, outras se calavam instantaneamente, aquele clima antes amigável depois tenso pela briga dos adolescentes se transformava em um funeral. A figura mais polêmica e medonha de toda a cidade estava logo ali, por algum motivo ele tinha entrado pela porta dos fundos, porque? Ninguém sabe, Norman sempre fazia o que queria e ninguém tinha culhões o suficiente para contradizer o chefe de polícia de Windfall. Depois de ter desligado a música e ter feito sua aparição dramática ele cortou o pseudo-silêncio batendo palmas lentas e sarcásticas.
—Uh... Vocês sabem como dar um showzinho não é mesmo? Se importam de eu participar?
Era uma clara pergunta retórica. Os homens que o acompanhavam, aproximadamente uns três ou quatro se se sentavam nos banquinhos do balcão, nesse momentos era possível ver o volume dos revólveres marcando suas cinturas e bolsos. Em lentos e barulhentos passos devido ao calçado social Stan se aproximava de Nathan e Melissa, ele tinha um sorrisinho cínico e então levantou suas duas mãos e pousou uma no ombro do rapaz e uma no ombro da garota.
—Ho ho, Nathan Prescott arrumando confusão? Só mais um dia normal não é mesmo queridão?
Se aproximou um pouco mais do rapaz e de um jeito estranho quase doentio começou a fungar sobre ele, como um cão farejador tentando encontrar o suspeito que tanto procurava.
—Eu conheço você tão bem quanto você me conhece Nate, por enquanto você está salvo... - A voz do homem soava doce e tranquila, porém isso se invertia em um piscar de olhos, a raiva queimava os olhos e o rosto de Stan e então ele concluía seu pensamento aos berros. - MAS VAMOS VER ATÉ QUANDO E ONDE MINHA PACIÊNCIA VAI SEU DOENTINHO DE MERDA, TÔ COMEÇANDO A FICAR CANSADO DE TODO ESSE DRAMA COLEGIAL DE VOCÊS ESTUDANTEZINHOS DA MERDA DA MINHA CIDADE. - Stan gritou ainda mais quando se referia a cidade, de alguma forma ele tinha conhecimento das ambições da família Prescott na cidade e sendo assim só pelo fato disso Stan já era uma bela pedra no sapato para eles. O homem tossiu alguma vezes, limpou o ombro que segurava do garoto com a alguns tapinhas de sua mão canhota e estão um gentil e misterioso sorriso se abria diante do rapaz. - Você é um garotão esperto não é? Então você não vai me incomodar não é mesmo?
O sorriso se fechava no mesmo instante em que virava o rosto para Melissa, ele à analisava de cima á baixo, sua expressão confusa indicava que nunca tinha visto ela até então.
—Parece que tem pessoas tentando se esconder de mim por aqui? Mas vocês não podem fugir de mim!!
Stan também soltava o ombro de Melissa. Ele respirou fundo juntando as duas mãos em frente ao rosto, e quando parecia que iria se acalmar ele explodia mais uma vez.
—EU NÃO TENHO TEMPO PRA ESSAS MERDAS DE MICKEY MOUSE.
Depois do último berro ele se virou e foi junto ao balcão dos rapaz que entraram com ele, Stan não falava e muito menos fazia coisas com muito sentido, ele só fazia o que queria do jeito que queria, as vezes era impedido pelos colegas de trabalho, mas não na maior parte do tempo. Ficou alguns segundos ali um pouco mais estável e de costas para o grupinho ele falou:
—Eu não vou esquecer isso, eu ainda tenho negócios com todos você, isso te incluí também "azulzinha".
[Já faço um post complementar com a Chloe x-x segura um pouco ai.]
Por mais que se estressasse com todas aquelas discussões e brigas, existiam duas coisas que ela adorava naquela relação bizarra, agora à três, com Nathan. Ver o rapaz tendo que pagar quantias altas pelas drogas que fornecia, e é claro deixá-lo estressado e irritado com tudo aquilo. Fazer isso tinha se tornado um hábito tão usual que nem se esforçava pra deixá-lo naquela situação, era tão fácil quanto respirar para ela.
—De uma coisa você tem razão, com certeza eu não vou ver o seu, e nem quero. - Ela tampou a boca abafando um riso enjoado e irritante. - Olha, eu adoraria cobrar caro da Melissa, mas ela realmente se mantem limpa dessas coisas, não sei se fico triste com isso ou com inveja dela não ser como a gente.
Depois de toda aquele falatório e ofensas Chloe deu mais uma gargalhada, Nathan realmente tinha caído naquele velho truque dos "bolsos"? Nem parece que se conheciam a alguns anos. Aquilo teria sido o suficiente para deixá-la de bom humor pelo resto dia, isso se Melissa não tivesse avançado contra o rapaz e o mesmo revidado agressivamente daquele jeito. O sangue também ferveu nas veias da garota de cabelos coloridos e quando deu um tapa na mesa tomando impulso para se levantar foi interrompida, ou melhor, a música foi interrompida por aquele homem que odiava ter conhecido, por alguns instantes ficou paralisada apenas o observando, como boa parte das pessoas que estavam no local. Norman Stansfield, que péssimo dia para se tomar um café na lanchonete da mãe, vez ou outra o chefe de polícia aparecia ali, na maior parte das vezes ele mandava os empregados irem buscar suas refeições, mas hoje em especifico ele tinha vindo pessoalmente. Stan estar ali, naquele lugar logo cedo só podia significar que estava trabalhando até de madrugada e não teve tempo de voltar pra casa, era uma rotina, toda vez que ele aparecia de manhã na lanchonete era sinal de que alguma coisa tinha acontecido naquela noite, alunos eram espancados e presos por porte de drogas ou coisa parecida, ou algum bandido aparecia baleado nas manchetes do jornal de Windfall, o qual Stan odiava e fazia de tudo para tirar do ar, infelizmente ele nunca conseguia, aquele jornal era muito protegido por algum nerdão que sabia como proteger um domínio online.
Depois do extenso showzinho de Stan, Joyce finalmente saia da cozinha, trocava umas poucas palavras com os policiais que o acompanhavam e por fim deixava os pratos que as duas garotas tinham pedido sobre a mesa, logo depois disso ela voltava para a chapa quente da cozinha, ela ia ter que preparar mais algumas refeições para toda a trupe do chefe de polícia. Pelo menos eles pagavam a garçonete adiantado. Chloe já estava mais calma, aqueles shows eram meio que comuns mas mesmo assim deixavam todos tensos e assustados, até mesmo ela que já tinha visto antes. Com os pedidos na mesa ela fisgou uma batatinha do prato de Melissa que ainda estava de pé com Nathan. Depois de comer aquela batata decidiu tomar um gole de sua caneca de café e quando finalmente o fez ela escutou as palavras de Stan, engasgou na mesma hora quase babando toda a bebida que estava em sua boca na mesa. Um arrepio percorreu todo seu corpo e suas mãos tremeram um pouco.
"Negócios comigo? Mas que porra eu fiz pra isso?"
Ela olhou para os lados desconfiada e então sacou seu celular, abriu o web-jornal anonimo de Windfalls e uma expressão de desagrado misturada com duvida se desenhava aos poucos em seu rosto.
—Hm... isso é bem estranho... Sentem de volta, acho melhor... - Um flash de nojo passou pelo rosto de Chloe. - Relaxarmos um pouco... juntos. "ARGH" - Em toda sua vida nunca imaginou que chamaria Natham para se sentar, à menos se fosse uma estaca para empalá-lo ao maior estilo Vlad Tepes.
Melissa Carter Estudante
Mensagens : 671 Data de inscrição : 23/07/2017 Idade : 23 Localização : Aqui, Idiota...
- Eu me contento com meus cigarros, Riquinho Estúpido. - sua vida já era fodida o suficiente sem que colocasse usuária de drogas no meio. Talvez essa fosse a diferença principal entre ela e Chloe, e a maior parte dos jovens punks da cidade. Desde que seu quase vício por nicotina e álcool fossem saciados, ela estaria muitíssimo bem. - Ahn, admita, Chloe, você tem inveja.
☬ O tom que ela usara era obviamente brincalhão, um tom que usava raramente com as pessoas mais próximas dela, próximas tipo alma gêmeas ou irmãs, porque nunca tivera uma relação assim com as dúzias de famílias pelas quais tinha passado. Ocasionalmente até era adotado por um casal gentil, mas nem mesmo eles conseguiam suportá-la por muito tempo. Mel observava a zombaria de Chloe com um sorriso mal disfarçado, achando Nathan a pessoa mais idiota do mundo por ter caído no truque dos bolsos. ☬
☬ Naturalmente, quando ambos explodiram um de cada lado e Nathan moveu a mão para agarrar seu pescoço, a garota estava preparada para acertar seu coturno pesado exatamente no lugar onde doeria mais. Não precisava ser necessariamente forte nem absurdamente rápida para se escapar de um cara. Eles eram previsíveis, e ela passara tempo o bastante mantendo-se reservada de possíveis estupradores para saber onde acertar para causa mais dano possível. ☬
☬ Mas, no meio tempo em que o rapaz ia agarrá-la e ela revidaria com o pior chute que o mesmo já levara na vida toda, Stan adentrou as portas da lanchonete. ☬
☬ Melissa sabia que não era a melhor das pessoas que existia no mundo. Ela extravasava com uma frequência que tornava o sentido dessa palavra nulo, era bruta como um rolo compressor passando pela sua rua e gostava de uma boa briga como... bom, como o Frajola gostaria de comer o Piu-Piu. A questão era que ela sabia bem o tipo de pessoa com a qual ela não deveria mexer. Nathan poderia até não ser uma delas, mas Stan sem sombra de dúvida era. A garota recuou um passo quando ele colocou a mão pesada sobre seu ombro, sentindo visível desconforto somado a uma vontade de tirar a chave inglesa do bolso de sua calça jeans e acertá-la no membro dele até que o arrancasse fora. ☬
Seja prudente, Melissa... não vai querer levar outro tiro.
☬ Ela já levara um tiro por muito menos. Poderia ter alegado a verdade: que mudara-se a pouco tempo para morar com a nova família adotiva. Ou rir do showzinho patético que ele estava fazendo (ela estava com muita vontade de fazer esse último, mas novamente não era algo inteligente, ainda mais com os tantos policiais armados ao redor). Então Melissa engoliu as habituais palavras mordazes que dizia com facilidade para todo mundo, sentando-se novamente em sua mesa e fazendo o possível para ignorar a presença do policial, catando uma batata frita e colocando-a entre os dentes, sem se dar ao trabalho de reparar se Nathan ia ouvir o "conselho de Chloe ou não. Então discretamente chegou mais perto da moça de cabelos azuis e murmurou num tom quase inaudível. ☬
- O que aconteceu...?
Nathan Prescott Estudante
Mensagens : 104 Data de inscrição : 24/07/2017 Localização : Windfall City
Se Melissa tivesse se dado o trabalho de acertá-lo com o chute que pretendia, Nathan estaria dolorido pelo resto da semana. Porém, mesmo que a interrupção mórbida da música a tivesse feito desistir do ato, o rapaz não teve tempo de chamar aquilo de sorte. Assim que ele percebeu a diferença de atmosfera, ele soltou a morena, e o som das palmas secas o fizeram encarar Stan. Norman Stansfield, em carne e osso e capangas, bem ali, diante dele. Nathan não era supersticioso, mas pensou sobre; quando se fala no diabo... ele aparece.
- Oh, merda...- ele pensou alto demais. Aquilo simplesmente escapou por seus lábios, e ele os comprimiu como se pudesse reparar o feito, sentindo uma angústia parecida como quando alguém está se escondendo de algo e pisa num galho seco. De algum jeito muito estranho, suas ações quase programadas faziam parecer que aquela sensação já havia atingido o garoto mais vezes do que ele podia contar...
"Vai ficar tudo bem, Nathan... fica frio, cara... argh, foda-se você, big daddy."
Daquela forma, Nathan manteve-se estático, estremecendo ao toque do chefe de polícia. Uma gota de suor frio escorreu por sua testa, e seus olhos fitavam a sua frente como se ele não conseguisse sequer movê-los nas órbitas mesmo quando Stan fez aquele gesto bizarro, o qual ele limitou-se a ouvir as fungadas próximas a seus ouvidos, desejando que ele não tivesse mesmo um super poder de faro e acabasse por encontrar alguma coisa ilícita nos seus bolsos que certamente deveriam conter esse tipo de item. Nathan não se mostrava covarde quase nunca. Bom, isso era porque na maior parte do tempo ele lidava com pessoas que julgava do mesmo patamar ou inferior; adolescentes, estudantes como ele, ou até mesmo professores, e sobre isso ele sabia que o nome Prescott estava pronto para servir como um escudo e uma arma quase invencíveis. Porém, a situação ali tinha virado completamente de cabeça para baixo, e o verdadeiro sentimento dele, ele não conseguiu esconder. O apelido carinhoso que uma de suas melhores amigas lhe deram soou-lhe quase como um xingamento na voz do outro. Diferentemente de Melissa e Chloe, que se calaram pelos próprios julgamentos racionais do que era melhor, o jovem se aquietava por medo. Puro e simples. Enquanto Melissa sentia vontade de rir naquele momento, ele estava apavorado. E isso só ficou ainda mais estampado em seu rosto quando os gritos de Stan tão próximos de si se fizeram presentes, e ele sequer processou muita coisa além do "doentinho de merda" e "minha cidade", de forma que apenas retraiu bruscamente os ombros como se pudesse se esconder de alguma forma. Só quando Stan se virou foi que ele conseguiu respirar direito.
- Negócios...?- ele indagou para o ar, mas bufou em seguida, como se tentasse se recompor, embora o que ele disse a seguir tenha sido de maneira meio trêmula.- Que seja...
Aproximou-se de Chloe assim que ela o "convidou". Ele precisava daquilo, e estava quase aliviado, mas era óbvio que não admitiria.- É o jornal, não é?- ele sussurrou aquilo quase de maneira inaudível, embora o movimento de seus lábios - que não podiam ser vistos por Stan no momento - ajudassem a entender. Aparentemente, apesar de ser mestre em guardar rancor, ele já quase havia esquecido da briga anterior. Não, na verdade, ele estava mais preocupado com a presença de Stan ali.
Chloe nunca tinha visto Nathan daquele jeito, ela queria muito rir ao ver o rich bad boy com o rabo entre as pernas, mas não o fez, e também não faria por enquanto, pelo menos com Stan por perto. Relutante ela chegou para o lado da mesa encostando na parede, ela sentiu um arrepio percorrer toda sua espinha. Chloe nunca se arrependia de nada que fazia porém sentia que talvez fosse se arrepender por deixar o rapaz sentar ao seu lado.
—É... é o jornal, eu não sei direito quem escreve as matérias nem sei como eles conseguem a informação, mas ele nunca falha. - Ela olhou de esguelha para Stan, ele ainda permanecia sentado tomando alguns goles do café que pedira e debatendo algumas coisas com seus subordinados. - Caham, ainda mais quando se diz desse aí em particular.
Ela entregou o celular a Melissa, o jornal dava uma geral de tudo que vinha acontecendo na cidade, pelo menos o que era relevante as pessoas e de quebra ainda tinham algumas fichas das pessoas da cidade, pelo menos as que tinham um papel ativo da Blackwell ou que poderiam interferir diretamente na vida dos outros.
—Bom, nesses últimos anos ver o Stan aqui logo cedo é sinal de que alguma coisa aconteceu, e geralmente quando ele aparecia aqui ele sempre estava de muito bom humor. - Ela se arqueou pra frente para sussurrar e para que somente quem estava naquela mesa pudesse ouvir as próximas palavras. - Bom, não é bem novidade, mas ele fica bem satisfeito e feliz depois de malhar alguém na porrada a noite toda ou sei lá, atirar em alguém. Enfim, toda vez que isso acontecia tínhamos relatos no jornal e víamos o Stan de bom humor, hoje não aconteceu nada disso, nem noticia e nem bom humor.
Chloe colocou de volta a touca preta que havia tirado na discussão com Nathan e então cruzou os braços um pouco pensativa.
—"Negócio com vocês"? O que ele quis dizer com isso? - Com a mão direita ela pegou um pedaço do bacon que tinha em seu prato o levando á boca, mastigou algumas vezes e então apontou a ponta do garfo ao rapaz. - Quer dizer, com você até dá pra entender, acho que sua família tentou "dobrar" ele com dinheiro né? Comigo também dá pra entender, digamos que eu não seja a pessoa mais correta do mundo, mas com Melissa? Ou ele está generalizando os estudante da Blackwell?
Melissa Carter Estudante
Mensagens : 671 Data de inscrição : 23/07/2017 Idade : 23 Localização : Aqui, Idiota...
☬ Melissa apoiou os cotovelos sobre a mesa. Ela estava em dúvida se ria da reação de Nathan - disfarçadamente, é claro, o tal Stan ainda estava próximo demais, e algo lhe dizia que rir perto dele não acabaria nada bem para ela - ou sentir pena. Na dúvida, não fez nenhum dos dois. Ela pôs-se a fazer suas mãos ficarem ocupadas, detestava deixá-las paradas por muito tempo. Tirou um pedaço do sanduíche que fora colocado para ela e mastigou silenciosamente por um tempo, enquanto escutava o que Chole explicava. ☬
- Hackers... são quase como deuses. - foi a única coisa que disse, por um tempo. Ela fazia parte das pessoas que jamais conseguiriam ter paciência pra decorar códigos, hackear sistemas e coisas do tipo. Ao passo que chamava tais pessoas de nerds, Melissa bem que os admirava, um pouco. Não era qualquer um que escrevia aquilo tudo que Chloe citara sem ser pego. A jovem analisou os perfis do dito jornal com certa curiosidade, assim como as notícias, e depois repassou o aparelho para a amiga.
- Eu não gosto de pensar nesse tipo de coisa mas se ele estiver sendo pressionado por alguém... isso não constaria como notícia porque não é envolvido com as invasões e espancamentos, e eu duvido que o maioral ali goste da ideia de receber ordens. De qualquer forma, ele não parece o tipo de pessoa que deveria ficar tanto tempo de mal humor sem causar um estrago.
☬ Mel tomou um gole do refrigerante e suspirou, uma risada baixa saindo de seus lábios quando a amiga dissera a ultima frase. ☬
- Falando desse jeito quase acredito que tenho salvação. - então, sua expressão fechou-se novamente. Não estava gostando nada daquela conversa. Aquela cidade já parecera absurda assim que pisara lá, mas agora percebia que as coisas estavam num nivel ainda pior que o esperado. Não que ela estivesse acostumada a alta sociedade, mas correr perigo apenas por respirar o ar daquela universidade era demais. - Mas que porra ele iria querer com a gente para generalizar desse jeito? Esse cara não regula das ideias?
☬ Suas palavras saiam num tom muito baixo, mas era possível notar a rispidez com que Melissa as ditava. ☬
Nathan Prescott Estudante
Mensagens : 104 Data de inscrição : 24/07/2017 Localização : Windfall City
Nathan acomodou-se no mesmo estofado que Chloe mantendo uma distância proposital da garota ao mesmo tempo que revirava os olhos, este gesto esboçando o desgosto que ele sentia de ter que estar fazendo aquilo - mas era isso ou ele sentia que iria acabar chamando a atenção de Stan novamente, e isso não seria nada, nada bom.
- Se ele fica de bom humor depois que chuta bundas, estar de mal-humor significa que ele não fez isso. Ou pior, alguém ou algo o estão impedindo, talvez? Não lembro disso ter acontecido antes... mas ele é sempre muito instável. - disse, e olhou de uma garota para a outra, desviando a atenção em seguida. Suas próprias palavras tinham servido como uma carapuça para si próprio, mas ele não deu muita bola para isso.
Ele conhecia sobre o jornal, e sabia que o que Chloe dizia era verdade. Quem quer que fossem, eles nunca erravam, empenhando-se sempre em fazer um bom trabalho para alertar Windfall City de coisas além do que o império de censura do chefe de polícia podia alcançar.
- Relaxa, você não tem salvação, pixie-greaser.- replicou para Melissa num tom cínico, semicerrando as vistas.
Esticou a mão afim de pegar uma batatinha do prato da garota de cabelos azuis, sem realmente se importar se não tinha sido permitido, mas parou no meio do caminho quando ela lhe ergueu o garfo.
- Sim. Quer dizer, provavelmente, brah. Esses assuntos são com meu pai, não comigo. E ele mal me fala sobre esse tipo de negociações, embora eu saiba que até a maioria dos porcos que aceitaram suborno foram completamente f*didos pelo... Stan. Enfim, por que estou dizendo isso pra vocês mesmo?- resmungou mal-humorado.- E qual é, punk, você sabe muito bem que quase todo mundo sabe que Blackwell é renomada não só por ser a melhor faculdade da cidade, mas também um dos maiores pontos de drogas e afins. E dizem que quem quer que seja que faz o jornal é de lá! O que aquele velho babaca poderia odiar mais? - agora parecia fácil para Nathan xingar Stan quando ele não estava ouvindo, afinal.
[Bom, primeiramente me desculpem as empatadas de posts. Eu tive umas crises essa semana enfim... foi mal.]
—Enfim, vocês obviamente pegaram o espirito da coisa.
Estava tão entretida nos pensamentos e rodando enquanto falava que nem acabou percebendo o rapaz surripiando uma de suas preciosas batatas que na verdade tinham sido roubadas do prato de Melissa. Ela soltou um bufo e garfou outro pedaço do bacon o levando a boca. Por breves momentos ela brincou com a tira nos lábios antes de abocanhá-la.
—O ponto que eu quero chegar é que esse jornal realmente nunca erra... Será que aconteceu alguma coisa com quem escreve? - Disse enquanto mastigava o bacon passando-o de uma bochecha para outra. Uma ação totalmente sem classe digna da pessoa que era. - Ou o Stan está fazendo as coisas por mais de baixo dos panos ainda?
Chloe descansou o garfo sobre o prato, deixando-o equilibrado na borda. Um pouco dispersa a garota passou o olhar pela janela vendo os carros passarem, alguns caminhões e as gaivotas e passarinhos alegrando os céus de Windfall. Toda aquela situação era estranha demais e de certa forma ela sentia que aquilo com certeza iria piorar.
—Cof, enfim, então... o novo diretor da escola de vocês é o bonitão das fotos? Tsc, é meio trágico virar diretor porque o outro morreu em um acidente de trânsito. - Ela revirou os olhos e tomou um longo gole da sua caneca de café. - Ele parece legal, só acho que ele tem uma obsessão estranha... Sei lá, ele vive dando palestras e vive convidando os jovens a entrarem na Blackwell. Bom, talvez ele esteja certo, a popularidade da escola não vem sendo muito boa nos últimos tempos.
[Mé, vou caprichar mais nos próximos. Perdi um pouco o ritmo de postagem.]
Melissa Carter Estudante
Mensagens : 671 Data de inscrição : 23/07/2017 Idade : 23 Localização : Aqui, Idiota...
☬ Aquilo era óbvio. Se tivesse ocorrido algo com a pessoa que escrevia o tal jornal, ou se Stan estivesse atrás dela, ou qualquer outra razão que tenha feito o policial ficar de mal humor, era de se esperar que os jovens pagassem o pato mais tarde. Mesmo que, como ela, não tivessem nada a ver com nada. ☬
- Pelo que vocês estão falando, esse retardado mental vai assar nossos rins e comê-los enquanto assiste a gente agonizar. - a ideia de ser comida viva nunca pareceu tão nojenta. - Isso vendo pelo lado bom. Não quero nem pensar o que aconteceria com o infeliz que escreve o jornal caso esse cara o ache... se já não achou.
☬ Mel voltou sua atenção para o sanduíche, ela tinha perdido um pouco do apetite, mas pôs-se a comer os últimos pedaços do mesmo. Ela mostrou casualmente o dedo do meio quando ouviu o comentário de Nathan, preferindo mastigar seu lanche a se dignar a respondê-lo por hora, então piscou os olhos e voltou sua atenção para Chloe quando ouviu-a falar sobre o dito novo diretor. ☬
- Não tem nada mais medíocre, você quer dizer. O último poderia ter sido vítima de um serial killer, seria muito mais interessante e dramático. O pessoal do teatro iria adorar fazer um roteiro sobre isso. - ela fez uma careta, finalmente parecendo notar que suas batatas fritas estavam sendo roubadas na maior cara de pau. Mel puxou o prato para mais perto de si e lançou olhares possessivos para a comida e assassinos para a amiga e Nathan. Então pôs-se a comer os palitinhos, mergulhando-os ocasionalmente no molho especial sobre a mesa. - É normal, diretores quererem colocar pessoas mais respeitáveis nas suas escolas, não? Embora ele pareça realmente obcecado. Parece até que não em vida social além da Blackwell.
Nathan Prescott Estudante
Mensagens : 104 Data de inscrição : 24/07/2017 Localização : Windfall City
- Fucking asshole...- Nathan murmurou num tom cabisbaixo como se agregasse ao raciocínio de Melissa sobre Stan comer seus rins, lançando uma espiadinha de esguelha para o chefe de polícia só para ter certeza que ele não ouvira nada, e deu de ombros desinteressadamente numa reação para o gesto obsceno da morena. Ele pareceu pensativo antes que falasse a seguir:- Se algo aconteceu com quem quer que seja que faz esse jornal, então nós não teremos chance contra o Stan. Se vocês querem saber, meu pai tá doido pra arrumar uma brecha contra ele, mas isso tem sido cada vez mais impossível. A briga tá feia, cara, nunca vi meu pai tão estressado a ponto de tentar usar os poucos contatos que o Stan tem contra ele...- ele suspirou, mas só então parou um pouco, percebendo que havia falado demais sobre os assuntos da família.
Para Windfall City, Os Prescotts poderiam não ser Norman Stansfield, mas não eram nem de longe algo melhor do que ele - talvez apenas menos pior. Só talvez.
- É melhor esquecerem que eu disse isso, freaks.- ordenou rispidamente.
O fato era que funcionava como uma briga por território, mas de uma forma que não se comparava a algo como gangues de rua, mas sim de grandes forças autoritárias, uma tomando o que podia da cidade até que seus domínios se chocassem. E, quando isso acontecia, era sempre um desastre.
- Enfim, eu não acho que ele estaria mal-humorado desse jeito se tivesse mesmo pego o autor do jornal.
A batatinha roubada rodava por entre seus dedos como se ele brincasse com ela, assemelhando-se a Chloe naquele aspecto. Nathan poderia parecer um típico exemplo de engomadinho, mas passava longe disso quando se analisavam os seus modos em geral. No entanto, estava pronto para levá-la à boca, até ouvir o comentário de Chloe sobre o "novo diretor"... Ele manteve-se quieto, como se não tivesse muito o que comentar sobre, embora tivesse franzido o cenho quando a garota de cabelos tingidos mencionara "obsessão estranha".
- Jefferson é o melhor pro cargo, por isso está lá agora, dumbass.- sua voz soou logo que Melissa adjetivara o diretor daquela forma. Foi consequência quando a batatinha frita em sua destra virou purê quando ele a apertou com força e a deixou cair sobre a mesa, demonstrando uma expressão séria.- Aliás, o verdadeiro problema aqui é o Stan, falou? Eu só não gosto do bromance que rola entre eles dois, tsc...
Cruzou os braços, recostando-se no estofado e lançando um olhar pela janela à paisagem do lado de fora da lanchonete.
—Mé, eu acho que ainda dá pra empurrar as coisas com a barriga, não é como se ele fosse atirar na gente.... - Ela ficou pensativa, algumas noticias antigas que tinha lido no jornal passaram brevemente pela sua cabeça. - Bom, pelo menos não agora e nem na frente de todo mundo, eu acho.
Chloe parecia um pouco preocupada com toda aquela situação. Em todos esses anos ela nunca teve a polícia na sua cola, ter Stan fungando em seu cangote era algo que lhe causava arrepios. Contudo ela também estava levemente preocupada com as pessoas que escreviam o jornal. Teria alguma coisa acontecido com os autores? Ou Stan estava escondendo alguma coisa? De qualquer forma aquela preocupação foi varrida da cabeça de Chloe junto com o ar que saia de seus lábios ao suspirar profundamente. Um olhar cínico e sarcástico foi lançado a Nathan enquanto ela apoiava o rosto gentilmente ao punho destro cerrado que estava encostado na parede.
—Hm, esquecer...? Eu posso usar isso pra te chantagear?
Ela soltou um risinho enjoado e revirou os olhos quando Nathan voltou a tagarelar, ela praticamente o bloqueava quando os assuntos falados pelo rapaz não eram de seu interesse, porém algo voltou a chamar sua atenção, os comentários que o rapaz soltava sobre o diretor soaram quase que afetuosos, o que não era algo que ela esperaria do nosso Nathan.
—Bromance? Credo, falando desse jeito você parece uma garota com ciumes, jeez.
Chloe revirou novamente os olhos e aproveitou o momento para ficar dispersa nos seus pensamentos e observar a lanchonete. Batia os dedos sobre a mesa enquanto tomava goladas de café, até que o relógio chamou completamente sua atenção.
—Vem cá? Vocês não tem aula ou algo assim? Tá quase na hora do meu tapa matinal aliás.
[Blé, eu definitivamente não estou nada satisfeito com meus posts ainda.]